Lupinoblennius paivai (Pinto, 1958)
Ficha Técnica
Ordem: Perciformes — Família: Blenniidae (Blenídeos)
Nomes Comuns: Paiva’s blenny
Distribuição: América do Sul; endêmico do Brasil
Tamanho Adulto: 5.1 cm
Expectativa de Vida: desconhecido
Comportamento: pacífico
pH: 7.2 a 8.0 — Dureza: desconhecido
Temperatura: 20°C a 28°C
Distribuição e habitat
Distribuído na costa do Brasil, desde Mucuri na Bahia até Florianópolis em Santa Catarina. Nativo dos estados da Bahia, Rio de Janeiro, Espírito Santo, São Paulo e Santa Catarina. (Sazima e Carvalho-Filho, 2003).
Ocorre em riachos costeiros e em áreas de mangues, sob influência das marés com a salinidade da água variando entre 0 e 35 ppt. É o único blênio americano que frequenta água doce. Em grandes fluxos como Rio Claro e Rio Picinguaba, seu alcance se estende por cerca de 500-600 m acima (Sazima e Carvalho-Filho 2003).
Durante refluxo do mar, pode procurar cavidades vazias e permanecer fora da água por algum tempo.
Descrição
Está em risco de extinsão devido a degradação de seu habitat e o declínio constante de córregos e manguezais ao longo da costa brasileira. As principais ameaças são o desmatamento, desenvolvimento urbano e disposição de esgoto.
Criação em Aquário
Aquário com dimensões mínimas de 60 cm de comprimento e 30 cm de largura desejável.
Embora tolerem água doce, ficam melhor quando mantido em água salobra.
Comportamento
Pacífico com outras espécies de peixes. Machos são intolerantes com a presença de outros machos no mesmo espaço, sendo indicado a criação de um espécime somente ou casal.
Reprodução
Ovíparo. Os ovos são demersais e adesivos. A postura ocorre em cavidade e o macho protege a prole até que os alevinos estejam nadando livremente.
As larvas nascem com cerca de 3,5 mm e se estabelecem com cerca de 8 mm SL.
Dimorfismo Sexual
Machos são sexualmente dimórficos, apresentando a nadadeira dorsal maior e abas proeminentes na borda anterior.
Alimentação
Em seu ambiente natural se alimentam de crustáceos de isópodes e anfípios.
Etimologia: Lupinoblennius; lupinus, lupus (latim) = lobo, blennios (grego) = muco
Sinônimos: Blennius paivai
Referências
- Sazima, I. and A. Carvalho-Filho, 2003. Natural history of the elusive blenny Lupinoblennius paivai(Perciformes: Blenniidae) in coastal streams of southeast Brazil. Ichthyol. Explor. Freshwat.
- Menezes, N.A., P.A. Buckup, J.L. Figueiredo and R.L. Moura, 2003. Catálogo das espécies de peixes marinhos do Brasil. São Paulo. Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo.
- Breder, C.M. and D.E. Rosen, 1966. Modes of reproduction in fishes. T.F.H. Publications, Neptune City, New Jersey.
- Watson, W., 2009. Larval development in blennies. pp. 309-350. In Patzner, R.A., E.J. Gonçalves, P.A. Hastings and B.G. Kapoor (eds.) The biology of blennies. Science Publishers, Enfield, NH, USA.
- Williams, J.T. & Craig, M.T. 2014. Lupinoblennius paivai. The IUCN Red List of Threatened Species 2014: e.T185152A1772865. http://dx.doi.org/10.2305/IUCN.UK.2014-3.RLTS.T185152A1772865.en. Downloaded on 01 November 2017.
Ficha por (Entered by): Edson Rechi — Novembro/2017
Colaboradores (collaboration): –
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