Piau Listrado (Leporellus vittatus)

 

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Leporellus vittatus (Valenciennes, 1850)

Nome Popular: Piau Listrado, Piava — Inglês: não possui

Família: Anostomidae (Anostomídeos)

Origem: América do Sul; Bacias do Paraná, Paraguai e São Francisco

Tamanho Adulto: 30 cm (comum: 22 cm)

Expectativa de Vida: 7 anos +

Temperamento: Variável

Aquário Mínimo: 120 cm X 50 cm X 50 cm (300 L)

Temperatura: 18°C a 28°C

pH: 6.0 a 7.4 – Dureza: 4 a 12

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Espécime juvenil

Visão Geral

Espécie distribuída no sistema do rio Amazonas, no Brasil e Peru, além das bacias do Paraná, Paraguai e São Francisco no Brasil.

Ao contrário da maioria dos Anostomídeos, possui morfologia adaptada para exigências bentônicas em águas lóticas. Como tal tende a passar a maior parte de seu tempo próximo ao substrato.

Variando a região e populações, poderá apresentar diferenças em sua coloração. No Brasil é conhecido por sob uma grande variedade de nomes incluindo Piau Listrado, Piau Rola, Piava, Solteira, Solteirinha, entre outros.

Ocasionalmente aparece no mercado de aquarismo, embora exija condições bastante especializadas para o cuidado adequado em longo prazo.

Aquário & Comportamento

O aquário deverá preferencialmente simular seu habitat para que mostre seu comportamento natural, isso inclui fluxo moderadamente forte de água, substrato de rochas de porte variável como a mistura de areia, cascalho e algumas rochas maiores. Troncos também podem ser utilizados, mas sempre deixando espaço aberto para nadarem.

A maior parte das plantas aquáticas dificilmente irá prosperar, uma vez que a espécie possui hábito alimentar herbívoro. Plantas mais rusticas como Microsorum, Bolbitis ou Anubias spp. costumam ser ignoradas, podendo ser utilizadas.

Como qualquer peixe de ambiente lótico, é intolerante a presença de amônia na água e requer filtragem impecável para prosperar. Aquário deverá ser mantido bem tampado, costumam pular para fora do aquário.

Seu comportamento é gregário, devendo ser mantido em seis ou mais espécimes. Apesar de certo grau de disputas entre eles, é natural uma vez que formam forte hierarquia. Definida a hierarquia do grupo, normalmente costumam ser pacíficos. Quando mantidos individualmente podem se tornar agressivos, principalmente com peixes de formato e cores semelhantes. Frente a outras espécies de porte similar costumam não incomodar. Eventualmente podem mordiscar nadadeiras de peixes de natação mais lenta ou de hábito sedentário.

Reprodução & Dimorfismo Sexual

Ovíparo. Sabe-se que se reproduzem em época de cheia em meio a densa vegetação. Em cativeiro sua reprodução não foi reportada e seu dimorfismo sexual é pouco evidente.

Alimentação

Predominantemente herbívoros, por natureza, mas bastante exigente no aquário e aceitará a maioria dos alimentos fornecidos. Fornecer regularmente alimentos de origem vegetal. Produtos ricos em proteínas devem ser fornecidos esporadicamente ou evitados.

Etimologia: Leporillus (Latim, diminuto de Leporinus), lepus, Leporis = coelho + vittatus: (latim), que significa ‘listrado, unido “, em referência ao padrão de cor da espécie.

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Referências

  1. Ortega, H. and R.P. Vari, 1986. Annotated checklist of the freshwater fishes of Peru. Smithson. Contrib. Zool. (437):1-25.
  2. Breder, C.M. and D.E. Rosen, 1966. Modes of reproduction in fishes. T.F.H. Publications, Neptune City, New Jersey. 941 p.
  3. Andrade, P.M. and F.M.S. Braga, 2005. Diet and feeding of fish from Grande River, located below the Volta Grande reservoir, MG-SP. Braz. J. Biol. 65(3):377-385.
  4. Baensch, H.A. and R. Riehl, 1985. Aquarien atlas. Band 2. Mergus, Verlag für Natur-und Heimtierkunde GmbH, Melle, Germany. 1216 p.
  5. Romero, P., 2002. An etymological dictionary of taxonomy. Madrid, unpublished.
  6. Análises cariotípicas em Leporellus vittatus e Leporinus striatus (Teleostei, Characiformes, Anostomidae) da Bacia do Alto Paraguai, Mato Grosso, Brasil –  Diones Krinski; Carlos Suetoshi Miyazawa
  7. Carvalho, PT, SJ Tang, JI Fredieu, R. Quispe, I. Corahua, H. Ortega and JS Albert, 2009 – Check List 5(3): 673-691 – Fishes from the upper Yuruá river, Amazon basin, Peru.
  8. Taphorn, DC, 1992 – Biollania Edición Especial – No. 4. Monografias Cientificas del Museo de Ciencias Naturales, UNELLEZ – Guanara, estado Portuguesa, Venezuela: 1-537 – The characiform fishes of the Apure River drainage, Venezuela.

Ficha por (Entered by): Edson Rechi — Julho/2016
Colaboradores (collaboration): –

Sobre Edson Rechi 879 Artigos
Aquarista em duas fases distintas, a primeira quando criança e tentava manter peixes ornamentais sem muito sucesso. Após um longo período sem aquários voltou no aquarismo em 2004. Desde então já manteve diversos tipos de aquários como plantado, peixes jumbo, ciclídeos africanos, água salobra e amazônico comunitário. Atualmente curte ciclídeos e tetras neotropicais, além de peixes primitivos.

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