Brycon amazonicus (Spix & Agassiz, 1829)
Nome Popular: Matrinxã, Jatuarana — Inglês: não possui
Família: Bryconidae (Bryconídeos)
Distribuição: América do Sul; originalmente distribuído no rios Amazonas e seus principais afluentes no Brasil
Tamanho Adulto: 70 cm (comum: 50 cm)
Expectativa de Vida: 10 anos +
Temperamento: Pacífico, predador
Aquário Mínimo: 250 cm X 60 cm X 60 cm (900 L)
Temperatura: 22°C a 30°C
pH: 6.0 a 8.o – Dureza: indiferente
Visão Geral
Sua distribuição original ocorre na Bacia Amazônica, atualmente pode ser encontrado em diversas bacias hidrográficas no Brasil, além de inúmeros lagos e pisciculturas em todos estados brasileiros com exceção da região sul. Apesar da transferência de espécies entre diferentes bacias não ser benéfica, um fator produtivo está justamente no hábito reprodutivo desses peixes. Por realizar migração reprodutiva (são reofílicos), não conseguem se reproduzir fora do ambiente natural e as desovas precisam ser induzidas mediante a aplicação de hormônios.
Espécimes juvenis e adultos são encontrados naturalmente em quase todos os rios de águas claras e cor de chá, atrás de obstáculos semi-submersos como troncos, galhadas e pedras.
Sua carne é muito apreciada nas regiões Centro Oeste e Norte do país. Possui corpo alongado, um pouco alto e comprimido. Sua coloração é prateada, com as nadadeiras alaranjadas, sendo a nadadeira caudal escura. Apresenta uma mancha arredondada escura na região umeral. Os dentes são fortes, multicuspidados, dispostos em várias fileiras na maxila superior.
Na Amazônia, os piscicultores manejam o matrinxã em canais de igarapés. Seu manejo é relativamente fácil, posto que se adapta bem em águas correntes e limpas. A espécie ainda tem a vantagem de resistir a águas mais frias e ácidas. Pela tolerância a áreas de altas densidades, possui ótimo crescimento em sistemas de cultivo.
Também são conhecidos popularmente como Jatuarana, Jaturana, Piabanha e Pirabinha.
Aquário & Comportamento
Não é considerado um peixe ornamental, sendo mais apreciado na pesca ou consumo humano. Ideal criá-lo em lagos ou grandes tanques, uma vez que trata-se de uma espécie bastante ativa e que atinge grande tamanho.
Seu comportamento é pacífico, porém comerá peixes menores. Eventualmente pode mordiscar peixes mais lentos ou de hábito sedentário.
Reprodução & Dimorfismo Sexual
Ovíparo. Realiza a desova total, ou Piracema, faz longas migrações rio acima para se reproduzir. A eclosão das larvas ocorre 17 horas, após a fertilização dos ovos, já o canibalismo tem início a partir de 36 horas de vida livre. Pais não exibem cuidado parental.
Alimentação
Onívoro. Alimenta-se de frutos, sementes, flores, insetos e, ocasionalmente, de pequenos peixes (inclusive da própria espécie). Em cativeiro aceitará prontamente alimentos secos e vivos. Não é uma espécie exigente no quesito alimentar.
A pequena boca está ornada com dentes com muitas saliências que cortam, rasgam, moem e assim permitem aos matrinxãs consumir diferentes e variados alimentos.
Etimologia: brycon (grego); Ebikon, brykomai = morder, roer
Referências
- Lima, F.C.T., 2003. Characidae – Bryconinae (Characins, tetras). p. 174-181. In R.E. Reis, S.O. Kullander and C.J. Ferraris, Jr. (eds.) Checklist of the Freshwater Fishes of South and Central America. Porto Alegre: EDIPUCRS, Brasil.
- Larvicultura de matrinxã, Brycon amazonicus, em diferentes sistemas de alimentação e criação – Gustavo Alberto Arbeláez Rojas
- Crescimento compensatório de juvenis de matrinxã Brycon amazonicus (Spix & Agassiz, 1829) – Santos, Márcia Simões dos
- Avaliação da função cardíaca do teleósteo neotropical matrinxã, Brycon amazonicus : uma análise matemática e biomolecular – Rivaroli, Luciano
Ficha por (Entered by): Edson Rechi — Agosto/2016
ALÉM DE SABOROSO …O BICHINHO É LINDO……COISA LINDA MESMO…..