Astyanax paranae (Eigenmann, 1914)
Nome Popular: Lambari, Tambiú— Inglês: não possui
Família: Characidae (Caracídeos)
Distribuição: América do Sul, bacia do rio Paraná
Tamanho Adulto: 11 cm
Expectativa de Vida: 5 anos +
Temperamento: Pacífico
Aquário Mínimo: 80 cm X 30 cm X 40 cm (96 L)
Temperatura: 24°C a 28°C
pH: 6.0 a 7.6 – Dureza: desconhecido
Visão Geral
O gênero Astyanax apresenta mais de 80 espécies conhecidas popularmente como Lambaris ou Tambiús, com grande diversidade em praticamente todas as bacias da América do Sul. Muitas espécies são muito semelhantes, mas com grande variabilidade genômica, o que leva alguns pesquisadores a considerarem algumas delas como complexo de espécies. Os grupos ou complexos de espécies são formados por espécies de um mesmo gênero, reunidas de acordo com seu nível de parentesco.
Espécie com grande capacidade de colonizar diferentes habitats, os Lambaris do complexo Astyanax possuem uma grande adaptabilidade a diferentes habitats, além de serem sensíveis a mudanças em seu ambiente natural. Isso os torna excelente bioindicadores de alterações ambientais.
Comunidades tradicionais utilizam este pequeno peixe como fonte de alimentação. Outra posição importante é que os Lambaris possuem importante posição na cadeia alimentar, fazendo parte da alimentação de inúmeros vertebrados, mamíferos aquáticos, aves e até mesmo de alguns anfíbios e répteis. Além disso, são considerados dispersores secundários de sementes, contribuindo com a preservação das matas ciliares.
Aquário & Comportamento
O aquário deverá conter plantas formando zonas sombrias com algumas áreas abertas para natação. Outras peças de decoração poderão incluir troncos e raízes.
Seu comportamento é pacífico e gregário, devendo ser mantido em pelo menos meia dúzia de espécimes ou mais para que mostrem seu comportamento natural. Pode ser mantido em aquário comunitário com peixes de pequeno a médio porte igualmente pacíficos. Ocasionalmente pode mordiscar peixes mais lentos ou que apresentem longas nadadeiras.
Reprodução & Dimorfismo Sexual
Ovíparo. Nas primeiras horas do dia o macho conduzirá a fêmea liberar os ovos não adesivos em meio a plantas que serão fecundados. A maioria dos ovos irá cair para o fundo ou poderá ficar flutuando. Eclodem em até 2 dias e larvas estarão nadando livremente em até 48h. Pais não exibem cuidado parental.
O dimorfismo sexual da espécie é evidente em indivíduos adultos. Macho tem forma corpo de forma retilínea e a fêmea apresenta corpo em forma mais roliça.
Alimentação
Onívoro. Em seu ambiente natural se alimenta de vermes, crustáceos, insetos e secundariamente material vegetal. Em cativeiro aceitará prontamente alimentos secos e vivos.
Etimologia: Astyanax; nome do filho de Heitor da mitologia grega. Paranae, em alusão ao nome da bacia hidrográfica onde é encontrado (Paraná).
Referências
- Lima, F.C.T., L.R. Malabarba, P.A. Buckup, J.F. Pezzi da Silva, R.P. Vari, A. Harold, R. Benine, O.T. Oyakawa, C.S. Pavanelli, N.A. Menezes, C.A.S. Lucena, M.C.S.L. Malabarba, Z.M.S. Lucena, R.E. Reis, F. Langeani, C. Moreira et al.
- Romero, P., 2002. An etymological dictionary of taxonomy. Madrid, unpublished.
- Dieta de Astyanax paranae (Characidae) em riachos com diferentes coberturas ripárias na bacia do rio Passa-Cinco, sudeste do Brasil – Anderson Ferreira; Pedro Gerhard; José E. P. Cyrino
- Estrutura molecular e citogenética de cromossomos B em Astyanax paranae (Characiformes, Characidae) – Silva, Duílio Mazzoni Zerbinato de Andrade
Ficha por (Entered by): Edson Rechi — Agosto/2016
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