Botia Gambá (Yasuhikotakia morleti)

 

Yasuhikotakia morleti (Tirant, 1885)

Foto de Emma Turner (c)

Nome Popular: Botia Gambá — Inglês: Skunk botia, Skunk loach

Ordem: Cypriniformes — Família: Cobitidae (Cobitídeos)

Distribuição: Ásia; Bacias Mekong, Chao Phraya e Meklong

Tamanho Adulto: 10 cm

Expectativa de Vida: 10 anos +

pH: 6.0 a 8.0 — Dureza: <10

Temperatura: 26°C a 30°C

Aquário Mínimo: 100 cm comprimento X 40 cm largura — substrato deverá ser arenoso e macio, evite substratos pontiagudos. Opções de decoração podem ser compostos por rochas lisas de seixo, além de raízes e galhos formando refúgios. Tampe bem o aquário, eventualmente podem saltar para fora.

Comportamento & Compatibilidade: Embora exiba comportamento semelhante a maioria de outras especies de Botias, tende a ser um pouco mais agressivo podendo mordiscar nadadeiras de peixes lentos ou de longas nadadeiras. Principalmente se for mantido em pouco número, devendo ser mantido em grupos de pelo menos 5 ou 6 espécimes. Embora a intensidade dessa agressividade varie dependendo do indivíduo, esta espécie é adequada apenas para aquários comunitários maiores contendo outros peixes robustos. Bastante tolerante a inúmeros parâmetros de água, possui hábito crepuscular.

Alimentação: Onívoro. Sua dieta natural compreende moluscos aquáticos, insetos, vermes e outros invertebrados. Secundariamente matéria vegetal. Em aquário aceitará prontamente alimentos secos e congelados. Fornecer alimentos de origem vegetal com alguma frequência, assim como alimentos vivos.

Reprodução: Ovíparo. Sua reprodução em cativeiro é obtida através do uso de hormônios. Os juvenis possuem uma série de barras verticais escuras nos flancos que desaparecem à medida que atingem a maturidade.

Dimorfismo Sexual: Fêmeas maduras sexualmente possuem região abdominal mais cheia e redonda, normalmente são mais encorpadas que os machos.

Biótopo: Pode ser encontrado tanto em águas paradas quanto em correntezas. Encontrado em fendas de rochas ou escavações sob rochas ou troncos, geralmente em habitats arenosos.

Etimologia: Yasuhikotakia; nomeado em homenagem ao Dr. Yasuhiko Taki pela sua contribuição e estudos valiosos sobre o gênero.

Sinônimos: Botia horae, Botia morleti

Informações adicionais: Espécie comum no aquarismo. Semelhante a Y. longidorsalis, mas pode ser diferenciado pelo fato de ter uma faixa escura percorrendo a superfície dorsal (dando origem ao nome vernacular ‘skunk loach’), ausente na outra espécie.

Curiosamente, algumas observações sugerem que o comportamento do peixe alfa parece afetar de todo o grupo, embora estudos científicos sobre o comportamento do Botideos são praticamente inexistentes. Alguns espécimes naturalmente são mais ousados ​​ou mais agressivos que outros e o alfa normalmente é o maior espécime do grupo e não raramente uma fêmea.

Possuem comportamento interessante no qual espécimes mais jovens nadam lado a lado com os mais velhos, imitando todos os seus movimentos. Os menores podem simular os maiores simultaneamente com até três ou quatro peixes de cada lado. A razão deste comportamento é desconhecido, mas pode estar relacionado a um grupo que permanece em contato um com o outro quando os rios enchem durante os períodos de inundação, talvez reduzindo o atrito nadando ‘em formação’ ou tendo alguma outra função comunicativa.

Podem fazer barulho similar a estalos durante a alimentação ou quando animados, este som é produzido pela moagem de seus dentes localizados na faringe.

Outra curiosidade é a chamada “dança”, no qual envolve o grupo inteiro nadando de maneira constante e inquieta pelas laterais do aquário. As razões para este comportamento também são desconhecidas, mas os gatilhos mais comuns parecem ser o fornecimento de alimentos vivos, durante a troca de água ou adição de novos adornos no aquário.

Os botídeos também costumam se acomodar em ângulos peculiares, presos verticalmente ou de lado entre itens de decoração, ou mesmo deitados no substrato. Possuem espinhos suboculares afiados, móveis e normalmente ocultos em uma espécie de bolsa de pele, mas erigidos quando um indivíduo é estressado, por exemplo, se removido da água.

Não apresentam escamas, sendo bastante sensível a produtos químicos adicionados na água, principalmente medicações. É bastante propenso a doenças de pele.

Foto de Emma Turner (c)

Referências:

  • Kottelat, M., 2004. Botia kubotai, a new species of loach (Teleostei: Cobitidae) from the Ataran River basin (Myanmar), with comments on botiine nomenclature and diagnosis of a new genus. Zootaxa
  • Breder, C.M. and D.E. Rosen, 1966. Modes of reproduction in fishes. T.F.H. Publications, Neptune City, New Jersey.
  • Rainboth, W.J., 1996. Fishes of the Cambodian Mekong. FAO species identification field guide for fishery purposes. FAO, Rome,
  • Taki, Y., 1978. An analytical study of the fish fauna of the Mekong basin as a biological production system in nature. Research Institute of Evolutionary Biology Special Publications no. 1,77 p. Tokyo, Japan.
  • Kottelat, M., 2001. Fishes of Laos. WHT Publications Ltd., Colombo 5, Sri Lanka.
  • Lochaes Online

Ficha por (Entered by): Edson Rechi — Janeiro/2020
Colaboradores (collaboration): —

Sobre Edson Rechi 875 Artigos
Aquarista em duas fases distintas, a primeira quando criança e tentava manter peixes ornamentais sem muito sucesso. Após um longo período sem aquários voltou no aquarismo em 2004. Desde então já manteve diversos tipos de aquários como plantado, peixes jumbo, ciclídeos africanos, água salobra e amazônico comunitário. Atualmente curte ciclídeos e tetras neotropicais, além de peixes primitivos.

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