Saicanga, Dentudo (Roeboides descalvadensis)

 
Espécime de 3.2 cm coletado no rio Piraputanga em Mato-grosso (Brasil)
Espécime de 3.2 cm coletado no rio Piraputanga em Mato-grosso (Brasil)

Roeboides descalvadensis (Fowler, 1932)

Nome Popular: Dentudo, Saicanga — Inglês: Parana scale-eating characin

Família: Characidae (Caracídeos)

Distribuição: América do Sul; bacias do Paraná e Paraguai

Tamanho Adulto: 9 cm

Expectativa de Vida: 5 anos +

Temperamento: Pacífico

Aquário Mínimo: 80 cm X 30 cm X 40 cm (96 L)

Temperatura: 22°C a 28°C

pH: 6.0 a 7.4 – Dureza: desconhecido

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Visão Geral

Ocorre em baías e remansos de rios e córregos na bacia do Paraná e bacia do Paraguai.

Possui hábito crepuscular perseguindo peixes maiores para se alimentar de suas escamas. Normalmente aborda sua presa furtivamente atacando seus flancos, retirando algumas escamas onde são ingeridas imediatamente. Também se alimenta de insetos aquáticos e secundariamente plantas.

Aquário & Comportamento

O aquário deverá possuir preferencialmente fluxo lótico moderado com substrato de cascalho, além de raízes e rochas de médio porte, mas sempre deixando espaço aberto para nadarem. Prefere aquário com plantas formando zonas sombrias. Tampe bem o aquário evitando deixar frestas, são peixes que se assustam facilmente podendo pular do aquário.

Possui fama de mordiscar as nadadeiras de peixes lentos ou de longas nadadeiras. Este comportamento fica mais evidente quando mantidos em número insuficiente ou quando o espaço é limitado.

Reprodução & Dimorfismo Sexual

Ovíparo. O macho conduzirá a fêmea liberar os ovos que serão fecundados e sua maioria irá para o fundo. Eclodem em até dois dias e larvas estarão nadando livremente em até 48 h. Pais não exibem cuidado parental.

O dimorfismo sexual é evidente em espécimes adultos, o macho apresenta corpo de forma retilínea e coloração mais intensa, enquanto fêmea possui corpo mais roliço e cores mais pálidas, além de ser um pouco maior.

Alimentação

Onívoro. Alimenta-se de escamas de peixes, insetos e secundariamente plantas. Em cativeiro aceitará prontamente alimentos secos e vivos.

EtimologiaRoeboides do latim Rubus, ruber = avermelhado.

Referências

  1. Lucena, C.A.S. de, 2007. Revisão taxonômica das espécies do gênero Roeboides grupo-affinis (Ostariophysi, Characiformes, Characidae). Iheringia, Ser. Zool., Porto Alegre 97(2):117-136.
  2. Sazima, I. and F.A. Machado, 1982. Hábitos e comportamento de Roeboides prognathus, um peixe Lepidófago (Osteichthyes, Characoidei). Bolm. Zool. Univ. S. Paulo 7:37-56.
  3. Lucena, C.A.S. and N.A. Menezes, 2003. Subfamily Characinae (Characins, tetras). p. 200-208. In R.E. Reis, S.O. Kullander and C.J. Ferraris, Jr. (eds.) Checklist of the Freshwater Fishes of South and Central America. Porto Alegre: EDIPUCRS, Brasil.
  4. Britski, H.A., K.Z. de S> de Silimon and B.S. Lopes, 2007. Peixes do Pantanal: manual de identificaçäo, 2 ed. re. ampl. Brasília, DF: Embrapa Informaçäo Tecnológica, 227 p.
  5. Lucena, C.A.S., 1998. Relaçocões filogenéticas e definição do género Roeboides, Günther (Ostariophysi; Characiformes; Characidae). Comun. Mus. Ciênc. Tecnol. PUCRS, Sér. Zool. Porto Alegre (CMCT), 11:19-59.

Ficha por (Entered by): Edson Rechi — Agosto/2016

Sobre Edson Rechi 879 Artigos
Aquarista em duas fases distintas, a primeira quando criança e tentava manter peixes ornamentais sem muito sucesso. Após um longo período sem aquários voltou no aquarismo em 2004. Desde então já manteve diversos tipos de aquários como plantado, peixes jumbo, ciclídeos africanos, água salobra e amazônico comunitário. Atualmente curte ciclídeos e tetras neotropicais, além de peixes primitivos.

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