Charutinho (Pyrrhulina australis)

 
Pyrrhulina australis (Eigenmann & Kennedy, 1903)

Ficha Técnica

Ordem: Characiformes — Família: Lebiasinidae (Lebiasinideos)

Nomes Comuns: Pirrulina, Charutinho

Distribuição: América do Sul, bacia do Prata e Paraguai

Tamanho Adulto: 5 cm (comum: 3 cm)

Expectativa de Vida: desconhecido

Comportamento: pacífico, gregário

pH: 6.0 a 7.4 — Dureza: desconhecido

Temperatura: 18°C a 28°C

Distribuição e habitat

Distribuído na bacia do Prata e Paraguai, além do norte da Bacia do Guaporé. Este último questionável.

Encontrado principalmente em riachos da bacia do alto rio Paraná, porém de ocorrência pouco constante.

Ocorre em riachos, afluentes e várzeas, tanto em águas claras como águas negras.

Descrição

Apresenta nadadeira caudal e peitoral amarela. A coloração de seu corpo varia de acordo com seu humor, podendo exibir uma faixa horizontal escura.

Embora seja um peixe atraente e resistente, é pouco difundido no aquarismo. Resiste temperaturas mais frias, uma vez que é oriundo de regiões com clima sub-tropical.

Criação em Aquário

Aquário com dimensões mínimas de 60 cm de comprimento e 30 cm de largura desejável.

A decoração do aquário é indiferente, porém apresentam comportamento mais natural com a presença de bastante plantas alta. Por serem oriundos de clima sub-tropical, desejável manter a temperatura no máximo de 26°C no verão e um pouco mais baixo durante o inverno.

Comportamento

Extremamente pacífico podendo ser mantido em aquário comunitário com peixes igualmente pacíficos e de pequeno porte. Deve-se manter em pelo 10 espécimes ou mais.

Gregários, machos eventualmente podem ser agressivos entre si disputando território e fêmeas. Razão pela qual quanto maior o grupo melhor. Desta forma qualquer agressão será espalhada entre todos os indivíduos e não somente sobre os mais fracos.

Reprodução

Ovíparo. Desovam normalmente entre folhas ou raízes. Macho apresenta cuidado parental enquanto os ovos não eclodem, quando irá perder o interesse gradualmente.

Dimorfismo Sexual

O dimorfismo sexual pode ser um pouco difícil, mesmo quando adultos. Os machos são um pouco maiores do que as fêmeas. Machos apresentam corpo de forma retilínea, enquanto as fêmeas são notavelmente mais redondas principalmente em época de reprodução. Nadadeira pélvica da fêmea é mais arredondada, enquanto no macho é mais quadrada.

Alimentação

Onívoro. Em seu ambiente natural sua alimentação consiste em moscas e insetos que ficam na superfície da água.

No aquário eles vão aceitar todos os alimentos vivos e secos. Trata-se de um micro predador, por esta razão é importante fornecer alimentos vivos regularmente.

Etimologia: Pyrrhulina; pyrrhos (grego) = vermelho, como a cor do fogo. Australis (latim);”terra do sul”, do latim “terra australis incognita”.

SinônimosPyrrhulina australe, Pyrrhulina macrolepis

Referências

  1. Ortega, H. and R.P. Vari, 1986. Annotated checklist of the freshwater fishes of Peru. Smithson. Contrib. Zool. (437):1-25.
  2. Batista-Silva, V.F., D. Bailly, E.A.L. Kashiwaqui, M.C.F. Abelha and W.J. Graça, 2015. Length-weight relationships for 55 freshwater fish species from the Iguatemi River, Upper Paraná basin, Brazil. J. Appl. Ichthyol. 31:257-260.
  3. Lopez, H.L., R.C. Menni and A.M. Miguelarena, 1987. Lista de los peces de agua dulce de la Argentina. Biologia Acuatica No. 12, 50 p. (Instituto de Limnologia “Dr. Raul A. Ringuelet”).
  4. Oliveira, V.A., S.M. Loverde-Oliveira, L.A. Mateus and F. Teixeira-de Mello, 2015. Length-weight relationships of 26 fish species from the streams of the upper section of the Paraguay River basin (Mato Grosso, Brazil). J. Appl. Ichthyol. 31:225-227.

Ficha por (Entered by): Edson Rechi — Janeiro/2017
Colaboradores (collaboration): –

Sobre Edson Rechi 875 Artigos
Aquarista em duas fases distintas, a primeira quando criança e tentava manter peixes ornamentais sem muito sucesso. Após um longo período sem aquários voltou no aquarismo em 2004. Desde então já manteve diversos tipos de aquários como plantado, peixes jumbo, ciclídeos africanos, água salobra e amazônico comunitário. Atualmente curte ciclídeos e tetras neotropicais, além de peixes primitivos.

2 Comentário

  1. Olá tudo bem, gostei muito do seu artigo, capturei um em uma lagoa próximo da minha cidade Morro Agudo-SP, muitos pescadores por não conhecerem capturam estes pra servirem de isca pra tucunaré, porém eu estou criando um em um aquário, e ganhei 5 filhotes de lebiste porém eles estão morrendo. Percebi hoje a noite que o charutinho fica bastante agitado pois como agora é época de besouros e outros pequenos insetos que são atraídos pela luz do aquário. Os lebistes sobreviventes estão escondidos sob as pedras.
    É possível que o charutinho esteja atacando-os?

     

Faça um comentário

Seu e-mail não será divulgado.


*