Piau de Lagoa (Leporinus lacustris)

 

Leporinus-lacustris

Leporinus lacustris (Amaral Campos, 1945)

Nome Popular: Piau, Piava de Lagoa — Inglês: não possui

Família: Anostomidae (Anostomídeos)

Origem: América do Sul; Bacia do rio Paraná

Tamanho Adulto: 20 cm

Expectativa de Vida: 7 anos +

Temperamento: Variável

Aquário Mínimo: 120 cm X 50 cm X 50 cm (300 L)

Temperatura: 20°C a 28°C

pH: 5.5 a 8.0 – Dureza: 4 a 12

Visão Geral

A família Anostomidae é distribuída em grande parte tropical e subtropical da América do Sul do noroeste da Colômbia para o centro da Argentina. A maioria das espécies são moderadamente alongadgas e um forma tanto arredondada, embora existam algumas exceções.

Algumas espécies de Anostomídeos tendem a nadar em um ângulo oblíquo “de cabeça para baixo”, que deu origem a eles a ser referido pelo termo em inglês ‘headstanders’.

Aquário & Comportamento

A decoração do aquário para espécie é um tanto indiferente, embora um arranjo natural formado por rochas e raízes os deixará mais a vontade, sempre deixando uma grande área aberta para nadarem.

Como qualquer peixe de ambiente lótico, é intolerante a presença de amônia na água e requer filtragem impecável para prosperar. Aquário deverá ser mantido bem tampado, costumam pular para fora do aquário.

Seu comportamento é gregário, devendo ser mantido em seis ou mais espécimes. Apesar de certo grau de disputas entre eles, é natural uma vez que formam forte hierarquia. Definida a hierarquia do grupo, normalmente costumam ser pacíficos. Quando mantidos individualmente podem se tornar agressivos, principalmente com peixes de formato e cores semelhantes. Frente a outras espécies de porte similar costumam não incomodar. Eventualmente podem mordiscar nadadeiras de peixes de natação mais lenta ou de hábito sedentário.

Reprodução & Dimorfismo Sexual

Ovíparo. Sabe-se que se reproduzem em época de cheia em meio a densa vegetação. Em cativeiro sua reprodução não foi reportada e seu dimorfismo sexual é pouco evidente.

Machos são sexualmente maduros em 1 ano, enquanto as fêmeas são maduros aos 2 anos. A reprodução ocorre de novembro a junho, com um pico de dezembro a março, mas indivíduos maduros podem ser encontrados durante todo o ano.

Alimentação

Onívoro. Em seu ambiente natural se alimenta de crustáceos, moluscos, pequenos peixes e insetos. Secundariamente de frutos e sementes. Em cativeiro aceitará prontamente alimentos secos e vivos.

Etimologia: Leporinus vem do latim lepus, que significa coelho + sulfixo inus  que significa “relativo”, em referência ao par de dentes sínfise ampliados que determinadas espécies do gênero apresentam.

Referências

  1. Oyakawa, O.T., 1998. Catalogo dos tipos de peixes recentes do Museu de Zoologia da USP. I. Characiformes (Teleostei: Ostariophysi). Pap. Avuls. Zool. 39(23):443-507.
  2. Breder, C.M. and D.E. Rosen, 1966. Modes of reproduction in fishes. T.F.H. Publications, Neptune City, New Jersey. 941 p.
  3. Britski, H.A. and J.L.O. Birindelli, 2008. Description of a new species of the genus Leporinus Spix (Characiformes:Anostomidae) from the rio Araguaia, Brazil, with comments on the taxonomy and distribution of L. parae and L. lacustris. Neotrop. Ichthyol. 6(1):45-51.
  4. Andrade, P.M. and F.M.S. Braga, 2005. Diet and feeding of fish from Grande River, located below the Volta Grande reservoir, MG-SP. Braz. J. Biol. 65(3):377-385.

Ficha por (Entered by): Edson Rechi — Julho/2016

Sobre Edson Rechi 875 Artigos
Aquarista em duas fases distintas, a primeira quando criança e tentava manter peixes ornamentais sem muito sucesso. Após um longo período sem aquários voltou no aquarismo em 2004. Desde então já manteve diversos tipos de aquários como plantado, peixes jumbo, ciclídeos africanos, água salobra e amazônico comunitário. Atualmente curte ciclídeos e tetras neotropicais, além de peixes primitivos.

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