Oryzias hubbsi (Roberts , 1998)

Nome Popular: Peixe Arroz Hubbsi, Medaka — Inglês: Hubbsi medaka, Hubbsi rice fish
Ordem: Beloniformes — Família: Adrianichthyidae
Distribuição Ásia; Indonésia
Tamanho Adulto: Cerca de 2 cm
Expectativa de Vida: Na natureza cerca de um ano, em cativeiro 3 anos
pH: 7.0 a 9.0 — Dureza: –
Temperatura: 22°C a 30°C
Posição no aquário: Meio / Superfície
Nível de dificuldade: Fácil
Encontrado a oeste de Java, Jacarta e áreas baixas e montanhosas em altitudes de 700 a 1.000 m nas proximidades de Bandung na Indonésia.
Um dos menores Medakas, foi descrito com base em indivíduos coletados em campo em 1983. A haplotipagem mitocondrial revelou que os indivíduos coletados de um lago de pesca em Tangerang, a oeste de Jacarta, eram Oryzias javanicus (Bleeker 1854), uma espécie comum intimamente relacionada e amplamente distribuída pelas Ilhas Sunda, bem como O. hubbsi. As análises de rede filogenética e estrutura genética populacional com base em polimorfismos de nucleotídeo único em todo o genoma revelaram que os indivíduos O. hubbsi e O. javanicus são claramente diferentes um do outro, indicando que eles não hibridizam.
Espécie resistente para se criar em aquário e bastante prolífero, com fêmeas capazes de reproduzir quase diariamente quando em boas condições.
Os membros da família Adrianichthyidae frequentemente são chamados de “peixes-arroz”, em referência à tendência de alguns membros do gênero de habitar campos de arroz. Eram tradicionalmente considerados membros da ordem Cyprinodontiformes, portanto, estão intimamente relacionados ao grupo dos Killifishes.
Embora Rosen e Parenti os terem reclassificado dentro do grupo Beloniformes em 1981, algumas publicações ainda os classificam como Killifish.
O membro mais conhecido da família é o medaka ou peixe-arroz japonês, Oryzias latipes, que tem sido amplamente utilizado como organismo modelo em biologia genômica e experimental por mais de um século e foi o primeiro animal vertebrado a acasalar no espaço em meados da década de 1990.
Aquário Mínimo: 40 cm comprimento X 30 cm largura — quando mantido em aquário densamente plantado com substrato escuro exibem coloração bastante chamativa, além das plantas servirem de refúgio para alevinos se desenvolverem em meio aos adultos. Outros adornos consistem no uso de raízes e alguns galhos. Plantas de superfície também é bastante apreciada pela espécie.

Comportamento & Compatibilidade: Seu comportamento em aquário é bem semelhante aos Poecilídeos com machos sempre à procura das fêmeas para reproduzir. Razão pela qual deverá ter um número maior de fêmeas juntos aos machos. São pacíficos e podem ser criados em aquário comunitário com espécies igualmente pacíficas e de pequeno porte. Aquaristas mais experientes costumam manter em aquário mono espécie.
Alimentação: É um micro predador que se alimenta de pequenos insetos, larvas, crustáceos e zooplâncton na natureza. Em aquário aceitam alimentos secos e vivos sem dificuldades.
Reprodução: Sua reprodução é conhecida como “criação pélvica”, em alusão as fêmeas carregarem os ovos em sua nadadeira pélvica. Em época de reprodução os machos normalmente escurecem sua coloração e defendem pequenos territórios contra outros machos, enquanto tentam atrair as fêmeas.
Os ovos são expelidos pela fêmea e fertilizados pelo macho, permanecendo pendurados no poro genital da fêmea por um curto período antes de serem depositados individualmente em pequenos aglomerados entre a vegetação ou em meio a raízes.
Larvas eclodem e nadam livremente de uma a três semanas dependendo da temperatura. Não ocorre cuidado parental e pais podem predar os alevinos.
Dimorfismo Sexual: Os machos adultos são mais coloridos, possuem nadadeiras dorsais e anais mais longas e têm um corpo mais fino que o das fêmeas. A papila genital nos machos forma um tubo curto e ligeiramente cônico, enquanto nas fêmeas é bilobada.
Biótopo: Encontrado em áreas baixas e montanhosas em altitudes de 700 a 1000m.
Etimologia: Oryzias : do grego ὄρυζα (oryza), que significa ‘arroz’, em referência à tendência de alguns membros do gênero de habitar campos de arroz. Hubbsi, eponímia em homenagem ao Professor Carl Levitt Hubbs (1894–1979), um ictiologista americano.
Sinônimos: não possui.
Referências:
- Beolens, B., M. Grayson and M. Watkins, 2023. Eponym dictionary of Fishes. Dunbeath, Caithness (Scotland, UK): Whittles Publishing Limited
- Roberts, T.R., 1998. Systematic observations on tropical Asian medakas or ricefishes of the genus Oryzias, with descriptions of four new species. Ichthyol. Res
- Rediscovery of Oryzias hubbsi with notes on its reproductive isolation with O. javanicus – Daniel F. Mokodongan, Ilham V. Utama, Atsushi J. Nagano, Sau Pinn Woo, Shau Hwai Tan, Satoshi Ansai, Yusuke Takehana & Kazunori Yamahira
Publicado em Junho/2025
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