Rasbora Mínima (Boraras urophthalmoides)

 

Boraras urophthalmoides (Kottelat, 1991)

Nome Popular: Rasbora Mínima — Inglês: Least rasbora

Ordem: Cypriniformes — Família: Cyprinidae (Ciprinídeos)

Distribuição: Ásia, na península da Tailândia

Tamanho Adulto: 4.0 cm

Expectativa de Vida: 3 anos +

pH: 6.0 a 7.0 — Dureza: 2 a 10

Temperatura: 22°C a 28°C

Aquário Mínimo: 60 cm (comprimento) X 30 cm (largura) — Prefere aquário com plantas formando áreas sombreadas. Mostram-se mais coloridos e ativos quando mantidos em aquário plantado com áreas abertas para natação. Pode-se adicionar raízes e folhas secas (opcional) como decoração. Apesar de seu tamanho diminuto, precisa de espaço para nadar e os machos dominantes formarem territórios temporários durante a desova.

Comportamento & Compatibilidade: Espécie pacífica e gregária que forma hierarquia livre, podendo ser mantido em aquário comunitário com peixes de tamanho diminuto. Será importante manter em cardume com pelo menos 10 espécimes para que mostrem seu comportamento natural e cores mais realçadas. Devido seu tamanho diminuto se torna ideal para aquário plantado ou de camarões ornamentais.

Alimentação: Onívoro, em seu ambiente natural é provável que se alimenta de pequenos insetos, vermes, crustáceos e zoo plâncton. Em cativeiro aceitará prontamente alimentos secos.

Reprodução: Ovíparo, sua reprodução é similar dos pequenos ciprinídeos. A fêmea irá disseminar ovos livremente no substrato ou em folhas e o macho irá fecundar em seguida. Não ocorre cuidado parental e os alevinos eclodem em até dois dias permanecendo no saco vitelínico. Em 24 h estarão nadando livremente.

Dimorfismo Sexual: Fêmeas são ligeiramente maiores e mais roliças que os machos, principalmente na região ventral. Machos adultos possuem corpo retilíneo e são ligeiramente mais coloridos.

Biótopo: Ocorre em corpos rasos de água como pântanos, várzeas e arrozais. Preferem áreas com bastante vegetação sumersa e muitos de seus habitats potenciais foram convertido em arrozais.

EtimologiaBoraras; anagrama do nome genérico Rasbora, em referência à relação inversa de vértebras abdominais e caudais neste gênero. O epíteto urophthalma vem do grego antigo nossa, que significa “rabo”, e ophthalmós, que significa “olho”, em alusão à mancha preta na base da nadadeira caudal.

Sinônimos: Rasbora urophthalma, Rasbora urophthalmoides

Informações adicionais: Distribuído no sul da Tailândia, província de Surat Thani. Registrado no baixo do rio Tapi, na encosta do Golfo da Tailândia, Península Malaia.

Sua coloração pode variar dependendo da região onde é encontrado, o que levou a alguma confusão com B. brigittae, pois algumas populações podem desenvolver uma forte listra laranja / vermelha acima da linha lateral escura quando em boas condições.

Boraras urophthalmoides pode ser facilmente identificado por seu tamanho adulto menor, distinta mancha escura arredondada no pedúnculo caudal , faixa lateral comparativamente longa e ininterrupta e o padrão vermelho menos uniforme. As vezes é visto à venda sob os nomes comerciais de ‘rasbora sparrow’ ou ‘Exclamation-Point Rasbora’, o último em referência ao conjunto de manchas que aparenta um ponto de exclamação.

É considerado um dos menores ciprinídeos do mundo. O gênero Boraras é um anagrama de seu antigo gênero (Rasbora), em alusão as vértebras abdominal e caudal invertidas deste gênero. Micros vem a partir da palavra grega mikrós que significa “pequeno”, em alusão ao seu tamanho diminuto.

Seu pequeno tamanho quando adulto evoluiu através de um processo conhecido como miniaturização, caracterizado por adultos sexualmente maduros com um tamanho significativamente reduzido. Entre os peixes ósseos da ordem Cypriniformes, todas as espécies dos gêneros BarboidesDanionellaMicrodevarioMicrorasboraHoradandiaBoraras, Sawbwa e Sundadanio apresentam este fenômeno.

A estrutura anatômica dos ciprinídeos miniaturizados pode variar muito, e existem dois ‘agrupamentos’ com algumas espécies possuindo características intermediárias em algum grau. O primeiro contém aqueles peixes que, embora pequenos, são essencialmente versões anãs de seus parentes maiores, por exemplo, Barboides, Microdevario, Microrasbora, Boraras, etc.

O outro grupo inclui espécies em que o desenvolvimento anatômico para num ponto em que o adulto ainda se assemelha a forma larval de seu ancestral maior, ou seja, Danionella e Paedocypris.

Os últimos geralmente são referidos como “truncados” em seu desenvolvimento e acredita-se que tenham evoluído através de um processo conhecido como “pedomorfose progenética”, ou seja, a pedomorfose causada pela maturação acelerada. Eles tipicamente exibem uma estrutura esquelética simplificada juntamente com peculiaridades morfológicas específicas da espécie.

Espécies Boraras do Arquipélago Malaio (B. brigittae , B. maculatus e B. merah) tendem a ter um perfil corporal mais magro e alongado do que as da Indochina (B. micros, B. urophthalmoides, B. naevus) que pode ajudar quando tentar identificá-los.

Referências:

  • Rainboth, W.J., 1996. Fishes of the Cambodian Mekong. FAO species identification field guide for fishery purposes. FAO, Rome
  • Robins, C.R., R.M. Bailey, C.E. Bond, J.R. Brooker, E.A. Lachner, R.N. Lea and W.B. Scott, 1991. World fishes important to North Americans. Exclusive of species from the continental waters of the United States and Canada. Am. Fish. Soc. Spec. Publ.
  • Kottelat, M. and A.J. Whitten, 1996. Freshwater fishes of Western Indonesia and Sulawesi: additions and corrections. Periplus Editions, Hong Kong.
  • Boraras urophthalmoides por Chantal Wagner em Sekai Scaping 

Ficha por (Entered by): Edson Rechi — Janeiro/2019
Colaboradores (collaboration): –

Sobre Edson Rechi 878 Artigos
Aquarista em duas fases distintas, a primeira quando criança e tentava manter peixes ornamentais sem muito sucesso. Após um longo período sem aquários voltou no aquarismo em 2004. Desde então já manteve diversos tipos de aquários como plantado, peixes jumbo, ciclídeos africanos, água salobra e amazônico comunitário. Atualmente curte ciclídeos e tetras neotropicais, além de peixes primitivos.

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