Scat Manchado (Scatophagus argus)

 
Scatophagus argus (Linnaeus, 1766)

Ficha Técnica

Ordem: Perciformes — Família: Scatophagidae

Nomes Comuns: Escatofagus — Inglês: Spotted scat

Distribuição: Ásia e Oceania

Tamanho Adulto: 38 cm (comum: 20 cm)

Expectativa de Vida: 10 anos +

Comportamento: variável

pH: 7.5 a 8.5 — Dureza: 12 a 20

Temperatura: 22°C a 28°C

Distribuição e habitat

Amplamente distribuído no Indo-pacífico, desde Kuwait até Austrália e Japão.

Ocorrem em ambiente marinho, água salobra e água doce. Juvenis vivem em ambiente de água doce, à medida que amadurecem se mudam para ambiente de água salgada.

Descrição

Corpo fortemente comprimido com perfil dorsal da cabeça íngreme e focinho levemente arredondado. Seu corpo é  composto por escamas ctenóides, coloração castanho esverdeado a prateado com manchas marrons a vermelhas. Espinhos e raios da nadadeira dorsal são separados por um entalhe profundo.

Juvenis apresentam coloração marrom com manchas grandes, escuras, arredondadas e cinco a seis barras verticais escuras. Em espécimes adultos, as manchas podem ser fracas e se restringir a parte dorsal dos flancos. Estes peixes apresentam uma variação considerável na coloração, dependendo do indivíduo, origem e idade.

As espinhas dorsais, anais e pélvicas são peçonhentas e podem infligir feridas que causam dor e tontura. O tratamento da ferida é muitas vezes feito pela imersão na água quente.

Comumente comercializado fresco em mercados de Hong Kong, além de ser utilizado na medicina chinesa.

Criação em Aquário

Aquário com dimensões mínimas de 150 cm de comprimento e 50 cm de largura desejável.

Embora aquaristas costumem mantê-los em água doce, a medida que vão se tornando adultos sua expectativa de vida diminui consideravelmente quando mantido nesta condição.

Juvenis e sub-adultos são encontrados em água doce e salobra. Quando adultos frequentam ambiente marinho com maior frequência.

Comportamento

De comportamento pacífico podendo ser mantido em aquário comunitário com peixes que exigem as mesmas condições de água. Eventualmente podem comer peixes menores.

Manter preferencialmente em cardume com pelo menos seis espécies, desta forma mostrará seu comportamento natural.

Existem relatos de que aprendem rapidamente a seguir peixes Arqueiros (Toxotes sp.) e roubam os insetos que este derruba na água para se alimentar.

É uma espécie bastante inteligente que definitivamente interage com seus detentores.

Reprodução

Ovíparo. Reprodução em cativeiro desconhecida.

Aparentemente se reproduzem em estuários e quando adultos migram para recifes marinhos.

Dimorfismo Sexual

Desconhecido

Alimentação

Onívoro. Em seu ambiente natural se alimenta de vermes, crustáceos e matéria vegetal.

Em aquário comerão praticamente qualquer alimento fornecido, devendo ser fornecido regularmente alimentos de origem vegetal como Spirulina e afins. São peixes glutões e deve-se atentar a quantidade fornecida.

Etimologia: grego, skatophagos = alimentação com detritos.

Seu gênero indica “alimentador de detritos”, resultado de observações iniciais no qual estes peixes eram supostamente atraídos e propensos a se alimentar de dejetos e resíduos despejados por esgoto ou barcos.

Embora tenha sido nomeado pelo seu suposto hábito de se alimentar de miudezas, pode ser um erro de expressão, pois este comportamento nunca foi confirmado em estudos relacionados à sua dieta.

SinônimosScatophagus aetatevarians, Scatophagus quadratus, Scatophagus argus ocellata, Sargus maculatus, Scatophagus purpurascens, Scatophagus ornatus, Scatophagus bougainvillii, Chaetodon atromaculatus, Chaetodon pairatalis, Chaetodon argus

Referências

  1. Allen, G.R., 1984. Scatophagidae. In W. Fischer and G. Bianchi (eds.) FAO species identification sheets for fishery purposes. Western Indian Ocean (Fishing Area 51). volume 4. [var. pag.]. FAO, Rome.
  2. Adams, T. and P. Dalzell, 1994. Artisanal fishing. Paper presented at the Workshop on Marine/Coastal Biodiversity in the Tropical Island Pacific Region, 2-9 November 1994, East West Centre, Honolulu, Hawaii. South Pacific Commission, Noumea, New Caledonia.
  3. Basmayor, L.O., R.D. Dioneda and V.S. Soliman, 1997. The fishes and invertebrates of San Miguel Bay. p.36-47. In V.S. Soliman and R.D. Dioneda (eds.) Capture Fisheries Assessment of San Miguel Bay, Post-Resource and Ecological Assessment of San Miguel Bay, Phil., Vol.1. BFAR, Fish. Sect. Prog. and Bicol Univ. Coll. of Fish. SMB Post-REA Tech. Rep.

Ficha por (Entered by): Edson Rechi — Janeiro/2018
Colaboradores (collaboration): –

Sobre Edson Rechi 875 Artigos
Aquarista em duas fases distintas, a primeira quando criança e tentava manter peixes ornamentais sem muito sucesso. Após um longo período sem aquários voltou no aquarismo em 2004. Desde então já manteve diversos tipos de aquários como plantado, peixes jumbo, ciclídeos africanos, água salobra e amazônico comunitário. Atualmente curte ciclídeos e tetras neotropicais, além de peixes primitivos.

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