Tamboatá (Lepthoplosternum pectorale)

 
Lepthoplosternum pectorale (Boulenger, 1895)

Ficha Técnica

Ordem: Siluriformes — Família: Callichthyidae (Calictídeos)

Nomes Comuns: Tamboatá, Camboatá — Inglês: Dwarf Hoplo

Distribuição: América do Sul, bacia do rio Paraguai

Tamanho Adulto: 6 cm

Expectativa de Vida: desconhecido

Comportamento: pacífico

pH: 6.0 a 7.6 — Dureza: desconhecido

Temperatura: 18°C a 26°C

Distribuição e habitat

Distribuído em quase toda bacia do rio Paraguai na Argentina, Brasil e Paraguai.

Ocorre em ambientes diversos, desde condições anóxicas  a zonas de águas limitadas por vegetação densa.

Descrição

Conhecido no Brasil por inúmeros nomes como Camboatá, Tamboatá, Tamoatá e Cascarudo.

Foi inserido no gênero Lepthoplosternum em 1996 pelo ictiólogo brasileiro Roberto E. Reis, que revisou completamente esta família. Atualmente há outras três espécies inseridas no gênero: L.altamazonicum , L.beni e L. tordilho.

Esta espécie apresenta respiração aérea facultativa, sendo parte do intestino médio o órgão acessório para a respiração aérea. A região do intestino onde ocorre a respiração acessória caracteriza-se por estar sempre cheia de ar, ser transparente e possuir a parede muito fina e ricamente vascularizada.

Criação em Aquário

Aquário com dimensões mínimas de 80 cm de comprimento e 30 cm de largura desejável.

O substrato deverá ser preferencialmente arenoso e macio para evitar lesões nos barbilhões do peixe, assim como a presença de refúgios para se abrigar, uma vez que possui hábito noturno. Pode ser criado em aquário plantado.

Comportamento

É um peixe pacífico que pode ser mantido em aquário comunitário com peixes igualmente pacíficos, incluindo de pequeno porte.

Reprodução

Ovíparo. O período reprodutivo estende-se de novembro a abril, a desova é parcelada, sazonal prolongada para a cheia. A fecundação é externa, não realizam migrações e cuidam da prole. Atingem maturidade com cerca de um ano.

Os machos constroem ninhos flutuantes na vegetação perto da costa que consistem em bolhas cobertas com material vegetal. Os ovos são liberados pela fêmea abaixo do ninho. O macho fertiliza-os e depois os leva para dentro da boca e os sopra para o ninho flutuante. Os ovos eclodem em cerca de quatro dias.

O macho protege os ovos durante a incubação e se torna muito agressivo

Dimorfismo Sexual

Machos desenvolvem nadadeiras peitorais mais espessas quando adultos.

Alimentação

Onívoro. Durante a estação chuvosa, os adultos consomem uma grande quantidade mosquitos associados com detritos. Durante a estação seca, eles se alimentam principalmente de insetos terrestres, micro-crustáceos, Dípteros aquático e detritos. Absorve uma grande quantidade de bactérias anaeróbias do substrato.

Em cativeiro aceitará prontamente alimentos vivos e secos.

Etimologia: Lepthoplosternum; do grego leptos = fino + grego hoplon = arma + grego sternon = peito, esterno

Pectoral; em referência as nadadeiras peitorais mais espessas em peixes machos adultos.

SinônimosHoplosternum pectorale, Callichthys pectoralis

Referências

  1. Reis, R.E., 1998. Systematics, biogeography, and the fossil record of the Callichthyidae: a review of the available data. p. 351-362. In L.R. Malabarba, R.E. Reis, R.P. Vari, Z.M.S. Lucena and C.A.S. Lucena (eds.) Phylogeny and classification of neotropical fishes. Porto Alegre: EDIPUCRS.
  2. Britski, H.A., K.Z. de S> de Silimon and B.S. Lopes, 2007. Peixes do Pantanal: manual de identificaçäo, 2 ed. re. ampl. Brasília, DF: Embrapa Informaçäo Tecnológica, 227 p.
  3. Reis, R.E., 2003. Callichthyidae (Armored catfishes). p. 291-309. In R.E. Reis, S.O. Kullander and C.J. Ferraris, Jr. (eds.) Checklist of the Freshwater Fishes of South and Central America. Porto Alegre: EDIPUCRS, Brasil.

Ficha por (Entered by): Edson Rechi — Maio/2017
Colaboradores (collaboration): –

Sobre Edson Rechi 875 Artigos
Aquarista em duas fases distintas, a primeira quando criança e tentava manter peixes ornamentais sem muito sucesso. Após um longo período sem aquários voltou no aquarismo em 2004. Desde então já manteve diversos tipos de aquários como plantado, peixes jumbo, ciclídeos africanos, água salobra e amazônico comunitário. Atualmente curte ciclídeos e tetras neotropicais, além de peixes primitivos.

1 Comentário

  1. Parabéns pelo artigo aqui apresentado sobre o tamboatá,eu crio e gosto muito desse peixe agradeço pela suas informações.

     

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