Tetra Amapaense (Hyphessobrycon amapaensis)

 

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Hyphessobrycon amapaensis (Zarske & Géry, 1998)

Nome Popular: Tetra Amapá, Tetra Amapaense — Inglês: Amapa tetra, Red Line Tetra

Ordem: Characiformes — Família: Characidae (Caracídeos)

Distribuição: América do Sul, sua distribuição é tido no estado do Amapá (Brasil)

Tamanho Adulto: 3 cm

Expectativa de Vida: 3 anos +

Comportamento: Pacífico, gregário

Aquário Mínimo: 60 cm X 30 cm X 30 cm (54 L)

Temperatura: 24°C a 28°C

pH: 5.5 a 7.o – Dureza: < 4

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Visão Geral

Sua distribuição parece estar restrita nas drenagens do rio Preto e rio Maraca no estado do Amapá, norte do Brasil.

Os primeiros espécimes foram coletados em pequenos riachos com água cor marrom claro, substrato de areia e cascalho em meio a vegetação submersa ou ripícola. Nesta região o pH variou entre 5,8 – 6,3, GH e KH ambos < 1°, a condutividade foi de 9-13 μs e a temperatura oscilou entre de 24,7 a 27,2°C.

Outras espécies de peixes incluindo seu a congênere Hyphessobrycon takasei, além de Nannostomus beckfordi e indivíduos não identificados dos gêneros Aequidens, Acestrorhynchus, Leporinus e Rineloricaria coabitavam o mesmo ambiente.

Esta espécie é semelhante ao Tetra Bandeira, H. heterorhabdus, que também exibe três listras laterais no corpo, porém sua listra vermelha é menos ampla e pouco chamativa, além da listra central apresentar coloração dourada, enquanto H. amapaensis apresenta coloração branca ou creme.

Aquário & Comportamento

A decoração do aquário deverá ter preferencialmente substrato arenoso e raízes espalhadas. Esta espécie se mostram melhor quando mantido em aquário densamente plantado.

É uma espécie pacífica que deve ser mantido com peixes de porte semelhante. De comportamento gregário, deve ser mantido em pelo menos 10 indivíduos para que mostrem seu comportamento natural e realce das cores.

Reprodução & Dimorfismo Sexual

Ovíparo, são considerados disseminadores livres, pois a fêmea libera os ovos na água e o macho nada em volta fertilizando-os. Os ovos eclodem em algumas horas quando mantidos em temperatura mais alta, após dois ou três dias da eclosão os alevinos já consumiram o conteúdo do saco vitelino e começam a nadar. Não ocorre o cuidado parental entre os peixes desta espécie.

O macho é ligeiramente menor, com o ventre mais magro, retilíneo e apresenta uma pequena modificação no primeiro raio da nadadeira anal que se assemelha ao formato de um gancho. A fêmea é um pouco maior e possui o ventre volumoso, roliço, principalmente em época de reprodução.

Alimentação

Onívoro. Em seu ambiente natural se alimenta de pequenos invertebrados, crustáceos, algas filamentosas, frutos caídos e semelhantes. Em aquário aceitará alimentos secos e vivos sem dificuldades.

Etimologia: Hyphessobrycon; do grego hyphesson, que significa de menor estatura + grego bryko = morder, mordedor. amapaensis: nomeado em referência ao seu local de origem, o estado do Amapá no norte do Brasil.

Referências

  1. Zarske, A. and J. Géry, 1998. Hyphessobrycon amapaensis spec. nov., eine neue und mutmaßliche Stellvertreterart von Hyphessobrycon heterorhabdus (Ulrey, 1894) aus dem Bundesstaat Amapa in Brasilien (Teleostei: Characiformes: Characidae). Zool. Abh. Mus. Tierk. Dresden 50(1):19-26.
  2. Lima, F.C.T., L.R. Malabarba, P.A. Buckup, J.F. Pezzi da Silva, R.P. Vari, A. Harold, R. Benine, O.T. Oyakawa, C.S. Pavanelli, N.A. Menezes, C.A.S. Lucena, M.C.S.L. Malabarba, Z.M.S. Lucena, R.E. Reis, F. Langeani, C. Moreira et al. …, 2003. Genera Incertae Sedis in Characidae. p. 106-168. In R.E. Reis, S.O. Kullander and C.J. Ferraris, Jr. (eds.) Checklist of the Freshwater Fishes of South and Central America. Porto Alegre: EDIPUCRS, Brasil.
  3. Hyphessobrycon amapaensis por Cinthia Emerich (Sekai Aquascaping)

* Agradecimento especial a Cinthia Emerich, do blog Sekai Scaping, por ceder gentilmente as fotos

Ficha por (Entered by): Edson Rechi — Dezembro/2016
Colaboradores (collaboration): –

Sobre Edson Rechi 848 Artigos
Aquarista em duas fases distintas, a primeira quando criança e tentava manter peixes ornamentais sem muito sucesso. Após um longo período sem aquários, voltou no aquarismo em 2004, desde então já manteve diversos tipos de aquários como plantado, peixes jumbo, ciclídeos africanos, água salobra, amazônico comunitário e marinho. Atualmente curte e mantém peixes primitivos e ciclídeos neotropicais, suas grandes paixões.

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