Piau Listrado (Leporinus octofasciatus)

 

Leporinus-octofasciatus

Leporinus octofasciatus (Steindachner, 1915)

Nome Popular: Piau Listrado, Ferreirinha, Piava — Inglês: Black-Banded Leporinus, Banded Leporinus

Família: Anostomidae (Anostomídeos)

Origem: América do Sul; norte do rio Cubatão em Santa Catarina e alto da Bacia do Paraná. Relatado na Argentina.

Tamanho Adulto: 25 cm

Expectativa de Vida: 7 anos +

Temperamento: Variável

Aquário Mínimo: 120 cm X 50 cm X 50 cm (300 L)

Temperatura: 20°C a 28°C

pH: 5.5 a 7.4 – Dureza: 4 a 15

Visão Geral

Ocorrem em ambiente lótico em meio a rochas e migram para florestas inundadas durante estação chuvosa. Quando a água recua, alguns acabam ficando presos no interior de lagoas e lagos.

Entre as espécies de Leporinus certamente é a que possui cores mais chamativas. A coloração de seu corpo é basicamente amarelo com listras pretas bem destacadas. Quando jovem apresenta somente cinco listras negras, a medida que vai amadurecendo suas listras vão se dividindo até completar dez listras com cerca de três anos de idade, além de sua cor amarela ficar mais forte podendo puxar para uma cor amarelo alaranjado.

Aquário & Comportamento

A decoração do aquário para espécie é um tanto indiferente, embora um arranjo natural formado por rochas e raízes os deixará mais a vontade, sempre deixando uma grande área aberta para nadarem. Por serem bastante ativos, devem ser mantidos em aquários de grande porte.

Como qualquer peixe de ambiente lótico, é intolerante a presença de amônia na água e requer filtragem impecável para prosperar. Aquário deverá ser mantido bem tampado, costumam pular para fora do aquário.

Seu comportamento é gregário, devendo ser mantido em seis ou mais espécimes. Apesar de certo grau de disputas entre eles, é natural uma vez que formam forte hierarquia. Definida a hierarquia do grupo, normalmente costumam ser pacíficos. Quando mantidos individualmente podem se tornar agressivos, principalmente com peixes de formato e cores semelhantes. Frente a outras espécies de porte similar ou maior costumam não incomodar. Eventualmente podem mordiscar nadadeiras de peixes de natação mais lenta ou de hábito sedentário.

Reprodução & Dimorfismo Sexual

Ovíparo. Sabe-se que se reproduzem em época de cheia em meio a densa vegetação. Em cativeiro sua reprodução não foi reportada e seu dimorfismo sexual é pouco evidente.

Machos são sexualmente maduros em 1 ano, enquanto as fêmeas são maduros aos 2 anos. A reprodução ocorre de novembro a junho, com um pico de dezembro a março, mas indivíduos maduros podem ser encontrados durante todo o ano.

Alimentação

Onívoro, essencialmente herbívoro. Em seu ambiente natural se alimentam de algas, matéria vegetal, vermes, crustáceos, e ocasionalmente peixes menores.

Etimologia: Leporinus vem do latim lepus, que significa coelho + sulfixo inus que significa “focinho”, em referência ao par de dentes sínfise ampliados que determinadas espécies do gênero apresentam. Fasciatus significa “unido”.

Referências

  1. Andrade, P.M. and F.M.S. Braga, 2005. Diet and feeding of fish from Grande River, located below the Volta Grande reservoir, MG-SP. Braz. J. Biol. 65(3):377-385.
  2. Garavello, J.C. and H.A. Britski, 2003. Anostomidae (Headstanders). p. 71-84. In R.E. Reis, S.O. Kullander and C.J. Ferraris, Jr. (eds.) Checklist of the Freshwater Fishes of South and Central America. Porto Alegre: EDIPUCRS, Brasil.
  3. Géry, J., 1977. Characoids of the world. Neptune City ; Reigate : T.F.H. [etc.]; 672 p. : ill. (chiefly col.) ; 23 cm.
  4. Breder, C.M. and D.E. Rosen, 1966. Modes of reproduction in fishes. T.F.H. Publications, Neptune City, New Jersey. 941 p.
  5. López, H.L., A.M. Miquelarena and R.C. Menni, 2003. Lista comentada de los peces continentales de la Argentina. ProBiota Serie Técnica y Didáctica N° 5, 87p.
  6. Benedito-Cecilio, E., A.A. Agostinho and R.C.C.-M. Velho, 1997. Length-weight relationship of fishes caught in the Itaipu Reservoir, Paraná, Brazil. Naga ICLARM Q. 20(3/4):57-61.

Ficha por (Entered by): Edson Rechi — Agosto/2016

Sobre Edson Rechi 848 Artigos
Aquarista em duas fases distintas, a primeira quando criança e tentava manter peixes ornamentais sem muito sucesso. Após um longo período sem aquários, voltou no aquarismo em 2004, desde então já manteve diversos tipos de aquários como plantado, peixes jumbo, ciclídeos africanos, água salobra, amazônico comunitário e marinho. Atualmente curte e mantém peixes primitivos e ciclídeos neotropicais, suas grandes paixões.

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