Cascudo Cauda de Lira (Acanthicus hystrix)

 
Acanthicus hystrix (Spix & Agassiz, 1829)
Cascudo Cauda de Lyra (Acanthicus hystrix)
Espécime vivo coletado no rio Tapajós

Ficha Técnica

Ordem: Siluriformes — Família: Loricariidae (Loricarídeos)

Nomes Comuns: Cascudo Cauda de Lyra, L155 — Inglês: Lyre tail pleco

Distribuição: América do Sul, bacia do rio Amazonas

Tamanho Adulto: 60 cm

Expectativa de Vida: desconhecido

Comportamento: pacífico

pH: 6.0 a 7.4 — Dureza: desconhecido

Temperatura: 22°C a 30°C

Distribuição e habitat

Ocorre na bacia do rio Amazonas no Brasil e Peru. Existem registros de sua ocorrência em drenagens do rio Orinoco na Venezuela.

Habita partes lentas de rios e afluentes, muitas vezes associado com assentamentos humanos.

Espécime vivo coletado no rio Tocantins (Maranhão – Brasil). Foto gentilmente cedida por Alam Carvalho

Descrição

Conhecido localmente como Cascudo Espinho e Canana Capeta, pode atingir cerca de 100 cm na natureza, embora seu tamanho adulto mais comum seja próximo dos 50-60 cm.

Este gênero pode ser distinguido de outros semelhantes pela combinação de falta da nadadeira adiposa e pelo corpo com presença de espinhos ásperos em suas laterais e focinho.

Um dos maiores cascudos. Espécimes juvenis podem apresentar cores atraentes, mas que somem à medida que o peixe irá envelhecendo. Existe uma forma albina que está disponível no aquarismo de vez em quando.

Criação em Aquário

Aquário com dimensões mínimas de 150 cm de comprimento e 50 cm de largura desejável.

O aquário deverá possuir preferencialmente iluminação fraca e refúgios formados por raízes e rochas grandes.

Ao contrário de outros Cascudos, esta espécie não consegue respirar oxigênio atmosférico. Sendo assim, a água deverá ser bem oxigenada, mas sem criar forte fluxo.

Comportamento

Os juvenis tendem a ser bastante pacíficos, mas tornam-se territoriais e agressivos à medida que amadurecem, principalmente com outros Cascudos e peixes de fundo.

Adulto pode ser mantido com peixes de grande porte como Tucunaré, Aruanã e afins.

Reprodução

Ovíparo, sua reprodução aparentemente não foi conseguida em cativeiro. Sabe-se apenas que desovam e cavernas e o macho cuida dos ovos até que eclodam.

Espécime juvenil em aquário

Dimorfismo Sexual

Os machos podem desenvolver um crescimento odontal mais extenso nos raios peitorais, nas bochechas e pelo corpo, além de ser mais territorialistas à medida que fica sexualmente maduro.

O método mais confiável é observar a papila genital, machos possuem forma mais branda.

Alimentação

É uma espécie detritívora generalizada. Em seu ambiente natural possui fama de ocorrer próximo de assentamentos humanos, se alimentando de resíduos humanos e orgânicos em algumas localidades.

Em aquário deverá oferecer uma dieta variada que inclui alimentos secos, congelados, vivos, fatia de frutas e vegetais.

Seu crescimento poderá ser inibido caso não seja fornecido alimentos variados ou se forem insuficientes. Observe sempre a barriga e os olhos, se estiverem afundado é um sinal típico de desnutrição.

Etimologia: Acanthicus; akanthikos (Grego) = espinhoso, espinhoso. Em alusão ao seu corpo espinhoso.

SinônimosRinelepis acanthicus

Referências

  1. Fisch-Muller, S., 2003. Loricariidae-Ancistrinae (Armored catfishes). p. 373-400. In R.E. Reis, S.O. Kullander and C.J. Ferraris, Jr. (eds.) Checklist of the Freshwater Fishes of South and Central America. Porto Alegre: EDIPUCRS, Brasil.
  2. Eschmeyer, W.N. (ed.), 1998. Catalog of fishes. Special Publication, California Academy of Sciences, San Francisco. 3 vols. 2905 p.
  3. Nomura, H., 1984. Nomes científicos dos peixes e seus correspondentes nomes vulgares. In H. Nomura (ed.). Dicionário dos peixes do Brasil. Editerra, Brasília, Brasil: 27-63.
  4. Ortega, H. and R.P. Vari, 1986. Annotated checklist of the freshwater fishes of Peru. Smithson. Contrib. Zool. (437):1-25.

Ficha por (Entered by): Edson Rechi — Fevereiro/2017
Colaboradores (collaboration): –

Sobre Edson Rechi 849 Artigos
Aquarista em duas fases distintas, a primeira quando criança e tentava manter peixes ornamentais sem muito sucesso. Após um longo período sem aquários, voltou no aquarismo em 2004, desde então já manteve diversos tipos de aquários como plantado, peixes jumbo, ciclídeos africanos, água salobra, amazônico comunitário e marinho. Atualmente curte e mantém peixes primitivos e ciclídeos neotropicais, suas grandes paixões.

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