Candiru do Pantanal (Paravandellia oxyptera)

 
Paravandellia oxyptera (Miranda Ribeiro, 1912)
Espécime de 1.9 cm na brânquia de um Pseudoplatystoma fasciatum. Rio Cuiabá (MS)

Ficha Técnica

Ordem: Siluriformes — Família: Trichomycteridae (Tricomycterídeos)

Nomes Comuns: Candiru do Pantanal — Inglês: Pantanal parasitic catfish

Distribuição: América do Sul, bacia do Prata

Tamanho Adulto: 2.8 cm

Expectativa de Vida: desconhecido

Comportamento: desconhecido

pH: 6.0 a 7.6 — Dureza: desconhecido

Temperatura: 22°C a 28°C

Distribuição e habitat

Distribuído na bacia do Prata no Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai.

No Brasil pode ser encontrado nos estados do Mato Grosso, Paraná e São Paulo.

Habita rios com fundo arenoso e lamacento.

Espécime de 2.5 cm na brânquia de um Pseudoplatystoma fasciatum. Rio Cuiabá (MS)

Descrição

Apresenta comportamento parasita buscando as brânquias de peixes maiores, especialmente peixes-gato, para se alimentar do sangue extraído dos filamentos branquiais. Este comportamento ocorre no período diurno e noturno.

Permanecem na brânquia do hospedeiro por cerca de um a três minutos e move-se para o fundo se enterrando na areia.

Bagres de médio e grande porte são os hospedeiros mais comuns, uma vez que possuem hábito sedentário e passam a maior parte do tempo junto ao substrato. Um único peixe gato pode alimentar milhares de parasitas por um período de até seis horas.

Paravandellia oxyptera e Parastegophilus paulensis que, de acordo com BRITSKI (1972) são as únicas espécies parasitas de peixes conhecidas que ocorrem no estado de São Paulo. Paravandellia oxyptera, como relata MIRANDA-RIBEIRO (1954), foi encontrada presa ao corpo de exemplares de Prochilodus lineatusParastegophilus paulensis, por outro lado, ataca exemplares de Salminus maxillosus e Brycon sp. (IHERING, 1930).

Criação em Aquário

Sua manutenção em aquário é desconhecido.

Comportamento

Seu comportamento em aquário é desconhecido.

Reprodução

Ovíparo. Sua reprodução é desconhecida.

Dimorfismo Sexual

Dimorfismo sexual desconhecido.

Alimentação

Hematófago, se alimenta exclusivamente de sangue de outros peixes.

Etimologia: —

Sinônimos: Branchioica teaguei, Parabranchioica teaguei, Vandellia hematophaga, Pleurophysus hydrostaticus, Branchioica bertoni

Referências

  1. Burgess, W.E., 1989. An atlas of freshwater and marine catfishes. A preliminary survey of the Siluriformes. T.F.H. Publications, Inc., Neptune City, New Jersey (USA).
  2. de Pínna, M.C.C. and W. Wosiacki, 2003. Trichomycteridae (pencil or parasitic catfishes). p. 270-290. In R.E. Reis, S.O. Kullander and C.J. Ferraris, Jr. (eds.) Checklist of the Freshwater Fishes of South and Central America. Porto Alegre: EDIPUCRS, Brasil.
  3. Lopez, H.L., R.C. Menni and A.M. Miguelarena, 1987. Lista de los peces de agua dulce de la Argentina. Biologia Acuatica No. 12, 50 p. (Instituto de Limnologia “Dr. Raul A. Ringuelet”).
  4. Machado, F.A. and I. Sazima, 1983. Comportamento alimentar do peixe hematófago Branchioica bertonii (Siluriformes, Trichomycteridae). Ciência e cultura 35(3):344-352.
  5. Nomura, H., 1984. Nomes científicos dos peixes e seus correspondentes nomes vulgares. In H. Nomura (ed.). Dicionário dos peixes do Brasil. Editerra, Brasília, Brasil: 27-63.
  6. Odynei R. Perez-Junior; Júlio C. Garavello – Ictiofauna do Ribeirão do Pântano, afluente do Rio Mogi-Guaçu, Bacia do Alto Rio Paraná, São Paulo, Brasil

Ficha por (Entered by): Edson Rechi — Setembro/2017
Colaboradores (collaboration): –

Sobre Edson Rechi 850 Artigos
Aquarista em duas fases distintas, a primeira quando criança e tentava manter peixes ornamentais sem muito sucesso. Após um longo período sem aquários, voltou no aquarismo em 2004, desde então já manteve diversos tipos de aquários como plantado, peixes jumbo, ciclídeos africanos, água salobra, amazônico comunitário e marinho. Atualmente curte e mantém peixes primitivos e ciclídeos neotropicais, suas grandes paixões.

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