Black Bass (Micropterus salmoides)

 
Micropterus salmoides (Lacepède, 1802)

Ficha Técnica

Ordem: Perciformes — Família: Centrarchidae (Centrarchídeos)

Nomes Comuns: Black Bass — Inglês: Largemouth black bass

Distribuição: América do Norte, sul dos Estados Unidos e norte do México.

Tamanho Adulto: 40 cm

Expectativa de Vida: 12 anos +

Comportamento: agressivo, predador

pH: 7.0 a 7.6 — Dureza: —

Temperatura: 10°C a 32°C

Distribuição e habitat

Naturalmente distribuído na América do Norte, na Baía de Hudson e do rio Mississippi, drenagens do Atlântico da Carolina do Norte até a Flórida, além do norte do México.

A espécie foi amplamente introduzida em inúmeros países sendo considerado cosmopolita. Vários países relatam impacto ecológico adverso após a introdução.

Espécimes adultos ocorrem em lagos, lagoas, pântanos, remansos  de riachos e rios. Normalmente encontrado sobre a lama ou areia. Eles preferem água tranquila e limpa.

Espécime capturado no rio Negro em San Vicente (Colômbia)

Descrição

Espécie bastante popular na América do Norte, apreciado tanto na pesca esportiva como alimento devido sua carne saborosa. Por esta razão foi introduzido em inúmeros países incluindo o Brasil.

Apresenta cor verde-oliva na parte superior, o black bass apresenta uma lista preta na lateral. Na parte inferior, tons entre amarelo bem claro e branco.

Apesar de não ter dentes, possui uma espécie de lixa na boca que permite agarrar as presas com força. A baixa variação genética encontrada nos exemplares brasileiros raramente permite que eles engordem mais de três quilos, bem abaixo dos dez quilos que chegam a ser registrados entre a diversidade de variedades e híbridos de “bass” existente em rios e lagos americanos.

A espécie foi introduzida em alguns reservatórios das regiões Sudeste (São Paulo e Rio de Janeiro) e Sul (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul).

Hoje está presente em quase todas as represas do Sistema Cantareira (SP) – Represas do Jacareí – Jaguari, formada pelos rios Jaguari e Jacareí, Represa do Cachoeira, Represa do Atibainha e Represa do Juqueri.

Embora suporte temperaturas de até 30° C, prefere águas mais frias. Ao contrário das outras espécies, tolera muito bem as bruscas variações de temperatura, bastante frequentes em nossa região.

Criação em Aquário

Aquário com dimensões mínimas de 200 cm de comprimento e 60 cm de largura desejável.

A decoração do aquário é um tanto indiferente para a criação da espécie, apreciam iluminação moderada.

Comportamento

É uma espécie altamente predadora que comerá qualquer peixe que couber em sua boca. Frente a outras espécies de peixes de mesmo porte ou maior pode apresentar leve agressividade e territorialismo.

Espécime juvenil

Reprodução

Ovíparo. O macho se torna agressivo e territorial em época de reprodução, constrói o ninho em fundos lamacentos de águas rasas. Uma fêmea pode se acasalar com vários machos em diferentes ninhos.

O macho protege e ventila os ovos por cerca de 29 dias. O nascimento ocorre entre a primavera e verão ou quando a temperatura atinge por volta dos 15°C.

O black bass atinge a maturidade sexual com 1 ano de idade, mas recomenda-se iniciar a reprodução quando os peixes atingirem 2 anos.

Dimorfismo Sexual

Não apresenta dimorfismo sexual evidente

Alimentação

Carnívoro. Em seu ambiente natural adultos se alimenta de peixes, lagostins e sapos, enquanto juvenis se alimentam de crustáceos, insetos e pequenos peixes. Pode apresentar canibalismo. São carnívoros vorazes e se destacam pelo arranque e agressividade.

Eles não se alimentam durante a reprodução; bem como quando a temperatura da água é inferior a 5°C e acima de 37°C.

Em aquário aceitará prontamente alimentos secos e vivos, devendo ser fornecido alimentos vivos ou filé de peixes regularmente.

Espécime de 55 cm capturado no Marroco

EtimologiaMicropterus, do grego mikros = pequeno + grego pteron = asa, nadadeira. Salmoides: em alusão a trutas e salmões.

SinônimosGrystes megastoma, Huro nigricans, Labrus salmoides

Referências

  1. Altman, P.L. and D.S. Dittmer (eds.), 1971. Respiration and circulation. Federation of American Societies for Experimental Biology, U.S.A.
  2. Andreu-Soler, A., F.J. Oliva-Paterna and M. Torralva, 2006. A review of length-weight relationships of fish from the Segura River basin (SE Iberian Peninsula). J. Appl. Ichthyol.
  3. Azuma, M. and Y. Motomura, 1998. Feeding habits of largemouth bass in a non-native environments: the case of a small lake with bluegill in Japan. Environ. Biol. Fish.
  4. Beamish, F.W.H., 1970. Oxygen consumption of largemouth bass, Micropterus salmoides, in relation to swimming speed and temperature. Can. J. Zool.
  5. Bogutskaya, N.G. and A.M. Naseka, 2002. REGIONAL CHECK-LISTS: Volga River Drainage Area. In Website and Database: “Freshwater Fishes of Russia”: A Source of Information on the Current State of the Fauna. Zoological Institute RAS.
  6. Bussing, W.A., 1998. Peces de las aguas continentales de Costa Rica [Freshwater fishes of Costa Rica]. 2nd Ed. San José Costa Rica: Editorial de la Universidad de Costa Rica.

Ficha por (Entered by): Edson Rechi — Novembro/2017
Colaboradores (collaboration): –

Sobre Edson Rechi 849 Artigos
Aquarista em duas fases distintas, a primeira quando criança e tentava manter peixes ornamentais sem muito sucesso. Após um longo período sem aquários, voltou no aquarismo em 2004, desde então já manteve diversos tipos de aquários como plantado, peixes jumbo, ciclídeos africanos, água salobra, amazônico comunitário e marinho. Atualmente curte e mantém peixes primitivos e ciclídeos neotropicais, suas grandes paixões.

Seja o primeiro a comentar

Faça um comentário

Seu e-mail não será divulgado.


*