Xadrezinho Cauda Lira (Dicrossus filamentosus)

 

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Dicrossus filamentosus (Ladiges, 1958)

Nome Popular: Xadrezinho, Patakera — Inglês: Checkerboard Dwarf Cichlid

Família: Cichlidae (Ciclídeos)

Origem: América do Sul, Bacia do Rio Amazonas, Rio Negro e Rio Orinoco

Tamanho Adulto: 6 cm (comum 4 cm)

Expectativa de Vida: 3 anos

Temperamento: Pacífico

Aquário Mínimo: 60 cm X 30 cm X 30 cm (54 L)

Temperatura: 24°C a 30°C

pH: 5.0 a 7.0 – Dureza: 1 a 5

Visão Geral

Ciclídeo anão de beleza e comportamento único, apresenta padrão característico com duas fileiras de pontos quadrados negros ao longo do centro de seus flancos e abaixo da nadadeira dorsal, daí seu nome comum Xadrezinho. Variando seu humor, a fileira central de seu corpo pode se alargar formando uma faixa contínua desde seu focinho até ao pedúnculo caudal. Seu corpo é fino e alongado.

Distribuído em rios da Amazônia, toda a bacia ocidental superior do Rio Orinoco e alto do Rio Negro no Brasil.  Ocorre em pequenos riachos, onde o fundo é coberto por folhas e um emaranhado de galhos e raízes. Neste ambiente plantas aquáticas são uma raridade, além das zonas próximas das margens.

Pode ser confundido com Dicrossus maculus, a outra espécie do gênero. Ambos possuem aparência bastante semelhante, mas são facilmente distintos uma vez que Dicrossus filamentosus apresenta sua nadadeira caudal em forma de lira com dois longos filamentos e D. maculus de forma levemente arredondada.

Ciclídeos anões da América do Sul têm desfrutado grande popularidade devido seu pequeno tamanho, não exigindo grande espaço para serem criados. Outras atrações dos ciclídeos anões são sua aparência atraente e cores chamativas, além de comportamento típico.

Aquário & Comportamento

Aquário com dimensões mínimas de 60 cm X 30 cm X 30 cm (54L) requerido para um casal. Para um trio com um macho e duas fêmeas considerar aquário com de 80 cm de comprimento e mínimo de 100 litros. Para criar com outros ciclídeos anões, considerar um mínimo de 100 cm de comprimento e 200 litros.

O aquário para a espécie deverá conter preferencialmente substrato arenoso e macio, presença de raízes e troncos formando pontos obscuros e cavernas desejável. Deverá ser criado preferencialmente sob iluminação moderada, tal como a presença de plantas como Microsorum,Taxiphyllum,CryptocoryneAnubias são alternativas viáveis sob esta condição.

O Xadrezinho vive em pequenos grupos e são bastante tímidos, apresentam agressividade baixa entre elementos da mesma espécie, exceto na presença de vários machos. Podem formar grupos de vários indivíduos, ou casais. Com outras espécies têm uma agressividade praticamente nula, convivendo pacificamente. Em época de reprodução tornam-se bastante territoriais e agressivos.

Reprodução & Dimorfismo Sexual

Ovíparo. Como a maioria dos ciclídeos anões, a espécie é depositadora de ovos e os pais cuidam da progênie. A fêmea escolhe uma local para desova, normalmente uma toca, leve depressão no substrato ou reentrância de um tronco e limpará o local escolhido. Feita a postura se manterá no local defendendo os ovos de qualquer tipo de intruso, inclusive não raramente do próprio progenitor. Ovos eclodem em até quatro dias e permanecem no saco vitelínico por até três dias se alimentando deste, quando estarão nadando livremente sob supervisão da mãe (ou casal).

O dimorfismo sexual é bem evidente com machos sendo um pouco maiores e apresentando cores mais atraentes, além da nadadeira caudal mais comprida e em forma de lira. Fêmeas são menores e apresentam cores menos chamativas e nadadeira caudal arredondada.

Alimentação

Onívoro, em seu ambiente natural se alimenta de pequenos crustáceos, insetos, larvas e pequenos vermes. Em cativeiro aceitam alimentos secos sem dificuldades, mas deve-se variar sua alimentação fornecendo micro alimentos vivos (ex. artêmia salina) e outros alternativos como krill, tubifex, bloodworms, entre outros alimentos ricos em proteínas.

Não é recomendado fornecer somente rações e alimentos secos. Ciclídeos anões exigem que seja fornecido alimentos vivos ou congelados ricos em proteínas regularmente para prolongar sua expectativa de vida, além destes alimentos realçarem suas cores.

Etimologia: Dicrossus: grego, di = dois + grego, krassoi = borla; filamentosus: Nome em alusão às flâmulas caudais do macho, um adjetivo do latim “filamento” indicando os filamentos de sua nadadeira caudal.

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Fêmea de Dicrossus filamentosus

Referências

  1. Kullander, S.O., 2003. Cichlidae (Cichlids). p. 605-654. In R.E. Reis, S.O. Kullander and C.J. Ferraris, Jr. (eds.) Checklist of the Freshwater Fishes of South and Central America. Porto Alegre: EDIPUCRS, Brasil.
  2. Toledo-Piza, M., 2002. Peixes do Rio Negro (Fishes of the Rio Negro: Alfred Russel Wallace (1980-1952)). To be filled.
  3. Riehl, R. and H.A. Baensch, 1991. Aquarien Atlas. Band. 1. Melle: Mergus, Verlag für Natur-und Heimtierkunde, Germany. 992 p.
  4. Kullander, S.O., 1978. A redescription of Crenicara filamentosa Ladiges, 1958 (Teleostei: Cichlidae). Mitt. Hamb. Zool. Mus. Inst. 75:267-278.
  5. Romero, P., 2002. An etymological dictionary of taxonomy. Madrid, unpublished.
  6. Tropical Fish Magazine – Edição Dezembro/2009

Ficha por (Entered by): Edson Rechi — Janeiro/2016

Colaboradores (collaboration): –

 

Sobre Edson Rechi 879 Artigos
Aquarista em duas fases distintas, a primeira quando criança e tentava manter peixes ornamentais sem muito sucesso. Após um longo período sem aquários voltou no aquarismo em 2004. Desde então já manteve diversos tipos de aquários como plantado, peixes jumbo, ciclídeos africanos, água salobra e amazônico comunitário. Atualmente curte ciclídeos e tetras neotropicais, além de peixes primitivos.

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