Toxotes jaculatrix (Pallas, 1767)
Ficha Técnica
Ordem: Perciformes — Família: Toxotidae (Toxotídeos)
Nomes Comuns: Peixe Arqueiro — Inglês: Banded archerfish
Distribuição: Ásia e Oceania
Tamanho Adulto: 30 cm (comum: 20 cm)
Expectativa de Vida: 7 anos +
Comportamento: pacífico
pH: 7.0 a 8.0 — Dureza: 20 a 30
Temperatura: 25°C a 30°C
Distribuição e habitat
Distribuído desde a Índia até leste das Filipinas e sul da Indonésia, Vanuatu, Ilhas Salomão, Papua Nova Guiné e norte da Austrália.
Em seu ambiente natural, a espécie geralmente ocorre em inúmeros biótopos, incluindo rios de água doce, córregos, lagos e lagoas. Seu principal habitat são os mangues e estuários de água salobra, onde é encontrado em áreas sombreada por raízes, densa vegetação marginal ou pendente.
Descrição
Os animais deste gênero são conhecidos por uma capacidade inusitada: conseguem disparar jatos d’água contra insetos na superfície enquanto estão submersos. Sua tática é para derrubar os insetos na água, que servirão de alimento para o peixe.
Um estudo publicado na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences(PNAS) aponta que o peixe arqueiro tem a mesma capacidade de processamento visual que os humanos, mesmo não possuindo o córtex visual, área do cérebro humano que realiza avançadas operações visuais.
Nos humanos, a habilidade de visualização é baseada em orientação, o que essencialmente significa que os objetos orientados de maneira diferente do que os seus fundos tendem a “saltar aos olhos”. Essa capacidade, que nos ajuda a identificar rapidamente as coisas importantes em nosso campo visual, vem de uma área do cérebro chamada córtex visual.
Durante anos, os cientistas estudaram o peixe-arqueiro da espécie ‘Toxotes jaculatrix’, em busca de evidências de órgãos internos especializados para produção dos jatos, mas nenhuma conclusão precisa nunca foi tomada.
Os seus famosos jatos d’água são produzidos quando estes peixes pressionam sua língua contra um sulco em suas bocas e fecham suas guelras para forçar a saída de um lançamento de água. São animais capazes de ejetar água até 1,5 metros de comprimento.
Não precisam atirar e recarregar inúmeras vezes. A quantidade de água que cabe em sua boca é o suficiente para que ele ejete jatos de água varias vezes seguidas, o que ajuda este peixe a capturar com mais facilidade as suas vítimas.
Criação em Aquário
Aquário com dimensões mínimas de 120 cm de comprimento e 50 cm de largura desejável.
Recomendado mantê-lo em condição de água salobra. O aquário poderá conter inúmeras raízes simulando um mangue. Outro setup comum poderá simular seu ambiente natural, neste caso poderá mantê-lo em paludário.
Há relatos de que os arqueiros juvenis podem ser mantidos em água doce, mas recomenda-se que uma configuração contendo água salobra será mais benéfico a longo prazo.
Comportamento
De comportamento pacífico podendo ser mantido em aquário comunitário, embora possam comer peixes menores e mordiscar nadadeiras de peixes mais lentos.
Devem ser mantido preferencialmente sozinho ou grupos com cinco ou mais indivíduos, pois pode haver agressividade entre eles, quanto maior o grupo, mais natural o seu comportamento.
Reprodução
Ovíparo. Reprodução desconhecida. Acredita-se que este peixe migre para o mar para se reproduzir.
Dimorfismo Sexual
Não possui.
Alimentação
Onívoro. Em seu ambiente natural se alimenta de invertebrados terrestres e aquáticos de vários tipos, embora pequenos peixes também sejam pegos de vez em quando.
Em aquário aceita alimentos flutuantes, como flocos e pellets, além de alimentos vivos e congelados.
Etimologia: Toxotes; grego = arqueiro
Sinônimos: Toxotes jaculator, Sciaena jaculatrix
Referências
- Allen, G.R., 1984. Toxotidae. In W. Fischer and G. Bianchi (eds.) FAO species identification sheets for fishery purposes. Western Indian Ocean (Fishing Area 51). volume 4. [var. pag.]. FAO, Rome.
- Allen, G.R., 1991. Field guide to the freshwater fishes of New Guinea. Publication, no. 9. 268 p. Christensen Research Institute, Madang, Papua New Guinea.
- Allen, G.R., 1998. Reef fishes of Milne Bay Province, Papua New Guinea. In T. Werner and G. Allen (eds). A rapid biodiversity assessment of the coral reefs of Milne Bay Province, Papua New Guinea. RAP Working Papers 11, Conservation International, Washington, D.C.
- McKay, R.J., 1984. Introductions of exotic fishes in Australia. p. 177-199. In Courtenay, W.R. Jr. and J.R. Stauffer, Jr. (Editors). Distribution, Biology and Management of Exotic fishes. The John Hopkins University Press, Baltimore, Maryland, USA.
Ficha por (Entered by): Edson Rechi — Dezembro/2017
Colaboradores (collaboration): –
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