Goby Violeta (Gobioides broussonnetii)

 

Gobioides broussonnetii (Lacepède, 1800)

Nome Popular: Goby Violeta — Inglês: Violet goby, Dragon fish

Ordem: Perciformes — Família: Gobiidae (Gobídeos)

Distribuição: Todo continente americano

Tamanho Adulto: 55 cm (comum: 30 cm)

Expectativa de Vida: desconhecido

pH: 7.0 a 9.0 — Dureza: 10 a 25

Temperatura: 22°C a 32°C

Aquário Mínimo: 120 cm (comprimento) X 50 cm (largura) desejável — Substrato deverá ser preferencialmente arenoso, além de pedras lisas formando refúgios. Tolera água doce mas deverá ser mantido em água salobra. Salinidade preferencialmente entre 1005-1015. Embora seja vendido comumente como um peixe que pode viver em aquário de água doce, ele é totalmente inadequado para este tipo de aquário dado suas exigências.

Comportamento & Compatibilidade: Apesar de sua aparência agressiva, não é um peixe agressivo se limitando a defender seu território principalmente frente a membros da mesma espécie. Este comportamento fica mais evidente a medida que amadurece ou quando são mantidos em pouco espaço. Com outras espécies de peixes costuma ser pacífico, mas comerá peixes menores que couber em sua boca.

Alimentação: Alimenta-se principalmente de algas filamentosas e detritos na natureza, filtrando pequenos bocados em águas turbulentas e ricas em nutrientes. Em aquário dificilmente aceitará alimentos secos, mas pode aprender a aceitar alimentos congelados e vivos como bloodworm, artêmias, tubifex e pedaços de wafer de algas, folhas de nori ou flocos de spirulina. O fornecimento de matéria vegetal é absolutamente essencial para o bem-estar a longo prazo das espécie.

Reprodução: Ovíparo. Pouco se sabe de sua reprodução, acredita-se ser similar a outros gobys.

Dimorfismo Sexual: Seu dimorfismo sexual é difícil observando chaves de identificações externas. O único método confiável é examinar a papila genital do peixe. O macho é pontiagudo e comprido, enquanto da fêmea é curto e sem corte, de cor amarela.

Biótopo: Ocorre principalmente em áreas estuarinas em meio a substrato lamacento, embora seja comum também em água doce.

Etimologia: Latim, gobius = goby (um tipo de peixe) + oides = semelhante a

Sinônimos: Cepola striata, Gobius brasiliensis, Gobius oblongus, Cepola unicolor, Gobioides barreto, Amblyopus mexicanus, Cayennia guichenoti

Informações adicionais: Amplamente distribuído em todo continente americano, desde ilhas do Caribe, América Central e nordeste da América do Sul. No Brasil é encontrado praticamente em toda costa atlântica, principalmente na região nordeste.

No Brasil é conhecido popularmente por inúmeros nomes como Goby Violeta, Aimoré, Amboré, Amoré, Amoréia, Babosa, Cobra, Cundunda, Emboré, Maiuíra, Maiulira, Maria-da-toca, Morongo, Muçurango e Taissica-pintada.

Espécie bastante adaptável a diversos tipos de água, adultos são encontrados comumente em baías lamacentas, estuários e em bocas de rios de água doce, secundariamente em fundos lodosos no mar. Apresenta nadadeira dorsal contínua.

São vendidos como Goby Dragão ou Peixe Dragão e sua aparência estranha o torna popular no aquarismo. Mas isso não é razão suficiente para adquirir a espécie, uma vez que em sua maioria são mantidos comumente de forma inadequada, seja em aquário de pequeno porte ou somente em condições de água doce, diminuindo drasticamente sua expectativa de vida.  Além da questão do tipo de água, são extremamente exigentes em suas necessidades alimentares, normalmente recusando alimentos secos (rações), sendo obrigatório o fornecimento de alimentos alternativos.

Existe uma espécie similar no gênero, G. peruanus, que não sobrevive em água doce. Além de ser de porte menor, G. peruanus costuma apresentar o corpo mais grosso e colorido (roxo) do que o G. broussonnetii.

Referências:

  • McDowall, R.M., 1997. The evolution of diadromy in fishes (revisited) and its place in phylogenetic analysis. Rev. Fish Biol. Fish.
  • Darcy, G.H., 1980. Comparison of ecological and life history information on gobiid fishes, with emphasis on the south-eastern United States. NOAA Tech. Mem. NMFS-SEFC
  • Nelson, J.S., E.J. Crossman, H. Espinosa-Pérez, L.T. Findley, C.R. Gilbert, R.N. Lea and J.D. Williams, 2004. Common and scientific names of fishes from the United States, Canada, and Mexico. American Fisheries Society, Special Publication 29, Bethesda, Maryland.
  • Nomura, H., 1984. Dicionário dos peixes do Brasil. Brasília: Editerra.
  • Ihering, R.V., 1968. Dicionário dos animais do Brasil. Editora Universidade de Brasília, Brasília: Lima, H.H. and A.M. Oliveira, 1978. Segunda contribuição ao conhecimento dos nomes vulgares de peixes marinhos do nordeste brasileiro. Boletim de Ciências do Mar.
  • Rosa, R.S., 1980. Lista sistemática de peixes marinhosda Paraíba (Brasil). Rev. Nordest. Biol. 3(2):205-226.
    Cervigón, F., 1994. Los peces marinos de Venezuela. Volume 3. Fundación Científica Los Roques, Caracas,Venezuela.
  • Murdy, E.O., 1998. A review of the gobioid fish genus Gobioides. Ichthyol. Res.

Ficha por (Entered by): Edson Rechi — Novembro/2014
Atualização Agosto/2018

Sobre Edson Rechi 875 Artigos
Aquarista em duas fases distintas, a primeira quando criança e tentava manter peixes ornamentais sem muito sucesso. Após um longo período sem aquários voltou no aquarismo em 2004. Desde então já manteve diversos tipos de aquários como plantado, peixes jumbo, ciclídeos africanos, água salobra e amazônico comunitário. Atualmente curte ciclídeos e tetras neotropicais, além de peixes primitivos.

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