Tetra Pinguim (Thayeria obliqua)

 

Thayeria obliqua (Eigenmann, 1908)

Nome Popular: Tetra Pinguim, Santa Maria — Inglês: Penguinfish

Ordem: Characiformes — Família: Characidae (Caracídeos)

Distribuição: América do Sul, bacia Amazônica

Tamanho Adulto: 8 cm (comum 5 cm)

Expectativa de Vida: 3 a 5 anos +

pH: 6.0 a 7.0 — Dureza: 4 a 15

Temperatura: 22°C a 28°C

Aquário Mínimo: 80 cm (comprimento) X 30 cm (largura) desejável — Prefere aquário com bastante plantas formando áreas sombreadas. Mostram-se mais coloridos e ativos quando mantidos em aquário plantado com áreas abertas para natação. Pode-se adicionar raízes e folhas secas (opcional) como decoração.

Comportamento & Compatibilidade: É uma espécie pacífica e gregária que forma hierarquia livre, podendo ser mantido em aquário comunitário com peixes de tamanho diminuto. Será importante manter em cardume com pelo menos 10 espécimes para que mostrem seu comportamento natural e cores mais realçadas.

Alimentação: Presume-se que sua alimentação seja similar de outros pequenos caracídeos, sendo composta por vermes e pequenos crustáceos, mesofauna, algas, detritos, frutos, etc. Em aquário aceitará prontamente alimentos secos e vivos.

Reprodução: Ovíparo. O macho conduzirá a fêmea liberar os ovos, que serão fecundados e sua maioria irá para o fundo do substrato ou aglomerado de plantas. Eclodem em até dois dias e larvas estarão nadando livremente em até 48 h. Pais não exibem cuidado parental.

Dimorfismo Sexual: Fêmeas são ligeiramente maiores e mais roliças que os machos, principalmente na região ventral. Machos adultos possuem corpo retilíneo e são mais coloridos.

Biótopo: Riachos e afluentes menores com densa vegetação ripária.

Etimologia: —

Sinônimos: Thayeria sanctaemariae

Informações adicionais: Distribuído nas bacias do rio Amazonas, Rio Tocantins e do Rio Guaporé, sendo endêmico do Brasil.

Espécies do gênero Thayeria são conhecidos popularmente como Tetra Pinguim, Thayeria boehlkei é de longe o mais popular no aquarismo, embora T. obliqua seja igualmente atraente.

As espécies são fáceis de diferenciar, em Thayeria boehlkei uma listra preta se estende por quase toda a lateral de seu corpo, desde a abertura branquial até a nadadeira caudal. Em T. obliqua esta listra desaparece completamente antes de atingir a região da nadadeira dorsal. A terceira espécie, T. ifati, a listra preta está presente apenas na parte superior do lobo caudal inferior se estendendo acima de sua linha lateral além da nadadeira dorsal. T. ifati quando exposto em boas condições, as nadadeiras dorsal e anal desenvolve pontas vermelhas.

Nadam em um estilo oblíquo, com a cabeça voltada levemente para cima, comportamento típico de todas espécies do gênero.

Referências:

  • Lima, F.C.T., L.R. Malabarba, P.A. Buckup, J.F. Pezzi da Silva, R.P. Vari, A. Harold, R. Benine, O.T. Oyakawa, C.S. Pavanelli, N.A. Menezes, C.A.S. Lucena, M.C.S.L. Malabarba, Z.M.S. Lucena, R.E. Reis, F. Langeani, C. Moreira et al. …, 2003. Genera Incertae Sedis in Characidae. p. 106-168. In R.E. Reis, S.O. Kullander and C.J. Ferraris, Jr. (eds.) Checklist of the Freshwater Fishes of South and Central America. Porto Alegre: EDIPUCRS, Brasil.
  • Nomura, H., 1984. Nomes científicos dos peixes e seus correspondentes nomes vulgares. In H. Nomura (ed.). Dicionário dos peixes do Brasil. Editerra, Brasília, Brasil
  • Porto, J.I.R., E. Feldberg, C.M. Nakayama and J.N. Falcao, 1992. A checklist of chromosome numbers and karyotypes of Amazonian freshwater fishes. Rev. Hydrobiol. Trop.

Ficha por (Entered by): Edson Rechi — Outubro/2018
Colaboradores (collaboration): –

Sobre Edson Rechi 875 Artigos
Aquarista em duas fases distintas, a primeira quando criança e tentava manter peixes ornamentais sem muito sucesso. Após um longo período sem aquários voltou no aquarismo em 2004. Desde então já manteve diversos tipos de aquários como plantado, peixes jumbo, ciclídeos africanos, água salobra e amazônico comunitário. Atualmente curte ciclídeos e tetras neotropicais, além de peixes primitivos.

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