Tetra (Mimagoniates lateralis)

 

Mimagoniates-lateralis-tetra

Mimagoniates lateralis (Nichols, 1913)

Nome Popular: Tetra Tenuis, Tetra — Inglês: Croaking tetra

Família: Characidae (Caracídeos)

Distribuição: América do Sul, bacia do rio Paraná

Tamanho Adulto: 5 cm (comum 3 cm)

Expectativa de Vida: 5 anos +

Temperamento: Pacífico

Aquário Mínimo: 60 cm X 30 cm X 30 cm (54 L)

Temperatura: 18°C a 24°C

pH: 5.5 a 6.5 – Dureza: 2 a 6

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Visão Geral

Sua distribuição se restringe na bacia litorânea dos estados de São Paulo e Paraná. A ocorrência da espécie é registrada apenas em uma estreita faixa de litoral entre a Serra do Mar e o oceano Atlântico, com cerca de 400 km de comprimento (WEITZMAN et al. 1988).

A espécie é encontrada freqüentemente em cardumes numerosos e preferencialmente à meia água ou um pouco mais à superfície, unicamente em pequenos alagados, poços ou regiões menos lóticas de pequenos corpos d’água. As águas onde é encontrada são sempre avermelhadas e ácidas, abundantes em vegetação ribeirinha e aquática.  Aí ocorrem sempre não muito distantes da vegetação, para onde fogem quando assustados, utilizando-se da vantagem de a água ser escura.

Mimagoniates lateralis é uma das menores espécies do gênero, com ocorrência endêmica e ameaçada de extinção (MACHADO et al. 2005). Possui corpo pequeno e alongado com nadadeiras transparentes, sua cor base é prata com dourado. Apresenta linha lateral negra que corta todo seu corpo desde a boca até a nadadeira caudal, se alargando próximo ao pedúnculo caudal.

Aquário & Comportamento

O aquário deverá ser densamente plantado, preferencialmente com substrato escuro, com áreas abertas para natação. Raízes e folhas secas podem ser utilizadas.

Seu comportamento é pacífico e poderá ser mantido em aquário comunitário com peixes de pequeno porte e igualmente pacífico. De hábito gregário, deve ser criado em cardume com mínimo de 10 espécimes.

Deve-se evitar criá-los com peixes que exigem temperatura mais elevada como Discos e outras espécies amazônicas.

Reprodução & Dimorfismo Sexual

Sua reprodução ocorre com inseminação, onde fêmeas inseminadas retêm células espermáticas em seus ovários, não há evidência de fertilização nos ovários e por este motivo evita-se o termo fertilização interna. O período de desova coincide com a estação chuvosa para garantir aumento da sobrevida dos descendentes

Características marcantes da espécie são o dimorfismo sexual, em que machos apresentam tecido glandular e escamas modificadas em suas nadadeiras caudais. Fêmeas são ligeiramente mais roliças que os machos, principalmente na região ventral e apresentam cores menos chamativas.

Alimentação

Onívoro, essencialmente insetívoro. Em seu ambiente natural é considerado essencialmente insetívoro. Em cativeiro aceitará alimentos vivos e secos prontamente.

Etimologia: Mimagoniates; grêgo mimos = mime + gonio (grêgo) = ângulo. lateralis (latim), significa lateral

Referências

  1. Análise comparativa e aspectos ecológicos da reação de alarme em duas espécies de Mimagoniates (Ostariophysi, Characidae, Glandulocaudinae) – Luiz Fernando Duboc
  2. Weitzman, S.H., 2003. Glandulocaudinae (Characins, tetras). p. 222-230. In R.E. Reis, S.O. Kullander and C.J. Ferraris, Jr. (eds.) Checklist of the Freshwater Fishes of South and Central America. Porto Alegre: EDIPUCRS, Brasil.
  3. Weitzman, S.H., N.A. Menezes and J.R. Burns, 1996. Species of the Glandulocaudine Tetra Tribe Glandulocaudini: The genus Mimagoniates. Trop.Fish Hobbyist 19(6):184-194.

Ficha por (Entered by): Edson Rechi — Agosto/2016

Sobre Edson Rechi 848 Artigos
Aquarista em duas fases distintas, a primeira quando criança e tentava manter peixes ornamentais sem muito sucesso. Após um longo período sem aquários, voltou no aquarismo em 2004, desde então já manteve diversos tipos de aquários como plantado, peixes jumbo, ciclídeos africanos, água salobra, amazônico comunitário e marinho. Atualmente curte e mantém peixes primitivos e ciclídeos neotropicais, suas grandes paixões.

1 Comentário

  1. Conheci este maravilhoso peixe no final da década de setenta, ele ficava em estreitos riachos rápidos na região de Mongaguá, cidade do litoral de São Paulo. De fato, agua vermelha. Lindo peixe. Eu era muito criança e não sabia cuidar.
    Gostaria muito de saber que há criadores promovendo sua reprodução.

     

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