Blueback blue-eye (Pseudomugil cyanodorsalis)

 
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Espécimes selvagens oriundos de Buffalo Creek, NT

Pseudomugil cyanodorsalis (Allen & Sarti, 1983)

Nome Popular: Pseudomugil Blueback — Inglês: Blueback blue-eye

Família: Pseudomugilidae (Pseudomugilídeos)

Origem: Pacífico Ocidental; norte da Austrália

Tamanho Adulto: 3 cm

Expectativa de Vida: 5 anos

Temperamento: pacífico

Aquário Mínimo: 60 cm X 30 cm X 30 cm (54 Litros)

Temperatura: 22°C a 31°C

pH: 7.0 a 8.5 – Dureza: desconhecido

Espécimes machos adultos em época de reprodução
Espécimes machos adultos em época de reprodução

Visão Geral

Distribuído no norte da Austrália, próximo de Broome entre Darwin e Wyndham.

É uma espécie euraliana, capaz de tolerar uma ampla gama de condições ecológicas e amplitude de salinidade. Embora seja encontrado comumente em riachos estuarinos de água salobra, também pode ser encontrado em água doce principalmente durante a estação chuvosa. Ocorre em grande número em fundos lamacentos de mangues em meio a emaranhados de raízes de mangue submersos ou sob densa cobertura vegetal marginal em água doce. Podem ser encontrados vivendo simpatricamente juntamente com o seu congénere P. inconspicuus.

Tolera condições hipersalinas e temperatura relativamente alta variando a época do ano e condições naturais. Tais mudanças podem ocorrer diariamente ou sazonalmente dependendo da localidade, com alguns habitats influenciados pelas marés podendo se tornar em ambiente hipersalino (1030) durante a estação seca ou de água doce durante estação chuvosa. Eventualmente pode ser encontrado em ambiente marinho.

Pseudomugil cyanodorsalis foi coletado pela primeira vez por Helen Larson, em 1981, perto de Darwin. Um ano mais tarde Gerald Allen encontrou-os em Crab Creek, 15 km a leste de Broome, na Austrália Ocidental. Em 1983, foram cientificamente descrito por Allen e Sarti. Eles foram recolhidos em todo Broom e Wyndham no norte da Austrália Ocidental. Em Queensland foram coletados a partir do rio Norman no Golfo de Carpentaria.

Aquário & Comportamento

Embora possa viver em água doce, sua expectativa de vida aumenta consideravelmente quando mantido em água salobra. A gravidade específica pode variar entre 1.001 e 1.010. Muitos aquaristas usam a base de uma colher de chá de sal marinho para cada 20 litros de água.

A decoração do aquário não é relevante, principalmente porque poucas plantas toleram ambiente de água salobra. Desta forma pode-se utilizar plantas artificiais ou ramos finos simulando raízes de mangue onde esta espécie frequentemente está associada na natureza.

São peixes de comportamento pacífico que passam a maior parte do tempo disputando território ou a atenção das fêmeas, os machos se enfrentam e exibem suas nadadeiras e cores no máximo esplendor possível. Desta forma deve-se manter em grupo de pelo menos 6 espécimes.

É uma espécie bastante tímida que deve ser criado preferencialmente com espécies de porte semelhante, igualmente pacífico e que toleram condição de água salobra.

Reprodução & Dimorfismo Sexual

Ovíparo. Atingem a maturidade sexual por volta dos três meses. São disseminadores livres. A fêmea libera seus ovos na água, próximo a folhas ou rochas, e o macho nada em volta fertilizando-os. Os ovos eclodem em 15 dias quando mantidos em temperatura mais alta e após alguns dias da eclosão os alevinos já consumiram o conteúdo do saco vitelino e começam a nadar. Não ocorre o cuidado parental e podem comer ovos ou larvas.

Apresentam dimorfismo sexual evidente. Machos são mais coloridos e maiores do que as fêmeas, além de suas nadadeiras se desenvolverem mais a medida que amadurecem.

Alimentação

Carnívoro. Alimentam-se de uma grande variedade de insetos terrestres e aquáticos, além de larvas de insetos e pequenos crustáceos aquáticos. Em cativeiro aceitará prontamente alimentos secos e vivos. Deve-se fornecer alimentos vivos ou congelados como Daphnia, copépodes ou artêmias regularmente.

EtimologiaPseudomugil; vem do grego pseudes = falso + mugil (latim) um tipo de tainha. cyanodorsalis; a partir do grego Kyanos, que significa “azul escuro” e dorsalis (latim) que significa “relativo a parte superior/dorso”, em referência a cor do corpo superior nesta espécie.

Referências

  1. Ivantsoff, W., 1999. Order Atheriniformes. Pseudomugilidae. Blue eyes. p. 2109-2112. In K.E. Carpenter and V.H. Niem (eds.) FAO species identification guide for fishery purposes. The living marine resources of the Western Central Pacific. Volume 4. Bony fishes part 2 (Mugilidae to Carangidae). FAO, Rome.
  2. Allen, G.R., 1989. Freshwater fishes of Australia. T.F.H. Publications, Inc., Neptune City, New Jersey.
  3. Allen, G.R., S.H. Midgley and M. Allen, 2002. Field guide to the freshwater fishes of Australia. Western Australian Museum, Perth, Western Australia.
  4. Home of The Rainbowfish por Adrian R. Tappin

Ficha por (Entered by): Edson Rechi — Outubro/2016
Colaboradores (collaboration): –

Sobre Edson Rechi 875 Artigos
Aquarista em duas fases distintas, a primeira quando criança e tentava manter peixes ornamentais sem muito sucesso. Após um longo período sem aquários voltou no aquarismo em 2004. Desde então já manteve diversos tipos de aquários como plantado, peixes jumbo, ciclídeos africanos, água salobra e amazônico comunitário. Atualmente curte ciclídeos e tetras neotropicais, além de peixes primitivos.

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