Lebiste Selvagem (Poecilia reticulata)

 

Poecilia reticulata-var

Nome Popular: Lebiste, Guaru, Barrigudinho  — Inglês: Guppy

Ordem: Cyprinodontiformes — Família: Poeciliidae

Distribuição: América do Sul, Venezuela, Barbados, Trinidad, norte do Brasil e Guianas. Amplamente introduzido e estabelecido em diversos países, principalmente para controle de mosquitos, mas teve efeito negativo se tornando ameaça devido sua fácil adaptação e proliferação.

Comportamento: Pacífico, comunitário

Tamanho Adulto: 5 cm (comum: 3 cm)

Expectativa de Vida: 3 anos

pH: 7.0 a 8.5

Dureza: indiferente

Temperatura: 17°C a 28°C

Aquário Mínimo: 40 cm X 30 cm X 30 cm (36L)

Alimentação: Onívoro, aceitará prontamente alimentos secos e vivos.

Reprodução: Vivíparo, fecundação interna. Fêmeas podem armazenar espermatozóides dos machos para fertilizar mais tarde e produzir alevinos parceladamente em curtos períodos. Após o período de gestação, que pode variar entre quatro a seis semanas, fêmeas dão a luz a filhotes já formados (cerca de 20 a 40). Não ocorre cuidado parental. São extremamente prolíferos e se reproduzem facilmente.

Dimorfismo Sexual: Machos apresentam metade do tamanho das fêmeas e nadadeira caudal longa e colorida, nadadeira anal é modificada em gonopódio para fertilização interna da fêmea. Fêmeas são maiores e mais roliças e normalmente apresentam coloração monótona.

Biótopo: Ocorre em diversos biótopos, que vão desde água altamente turva a água cristalina em lagoas, canais, valas, entre outros, normalmente em meio a densa vegetação aquática. Algumas populações são encontradas em condições de água salobra.

Informações adicionais: Um dos mais populares peixes no aquarismo, sendo reconhecido por praticamente qualquer aquarista. Há inúmeras variedades domésticas disponíveis, com a maior parte dos espécimes apresentando corpo alongado e coloração bastante destacada. Facilmente encontrado em rios do sudeste do Brasil, mesmo rios poluídos. Em sua forma selvagem apresenta tom cinzento, raramente é comercializado. Espécimes selvagens tende apresentar pouca ou nenhuma coloração chamativa onde há presença de predadores, enquanto espécimes que não tem que lidar com este problema apresentam cores mais exuberantes.

Introduzido em diversos países como forma de controle de mosquitos e larvas, tornando uma potencial ameaça devido sua fácil adaptação a diversos meios e rápida proliferação.

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Referências:

  1. Nomura, H., 1984. Dicionário dos peixes do Brasil. Brasília: Editerra. 482p.
  2. Barbosa, J.M. and E.C. Soares, 2009. Perfil da ictiofauna da Bacia do São Francisco: estudo preliminar. Revista Brasileira de Engenharia de Pesca 4(1): 155-172.
  3. Szpilman, M., 2000. Peixes marinhos do Brasil: guia prático de identificação. Rio de Janeiro, Instituto Ecológico Aqualung. 288 p.
  4. Nelson, J.S., E.J. Crossman, H. Espinosa-Pérez, L.T. Findley, C.R. Gilbert, R.N. Lea and J.D. Williams, 2004. Common and scientific names of fishes from the United States, Canada, and Mexico. American Fisheries Society, Special Publication 29, Bethesda, Maryland. ix, 386 p.
  5. FAO-FIES, 2015. Aquatic Sciences and Fisheries Information System (ASFIS) species list. Retrieved from http://www.fao.org/fishery/collection/asfis/en, [accessed 13/04/2015].
  6. Hugg, D.O., 1996. MAPFISH georeferenced mapping database. Freshwater and estuarine fishes of North America. Life Science Software. Dennis O. and Steven Hugg, 1278 Turkey Point Road, Edgewater, Maryland, USA.
  7. Kottelat, M. and J. Freyhof, 2007. Handbook of European freshwater fishes. Publications Kottelat, Cornol and Freyhof, Berlin. 646 pp.
  8. Rodriguez, C.M., 1997. Phylogenetic analysis of the tribe Poeciliini (Cyprinodontiformes: Poeciliidae). Copeia 1997(4):663-679

Ficha por (Entered by): Edson Rechi — Julho/2015
Colaboradores (collaboration): –

 

Sobre Edson Rechi 848 Artigos
Aquarista em duas fases distintas, a primeira quando criança e tentava manter peixes ornamentais sem muito sucesso. Após um longo período sem aquários, voltou no aquarismo em 2004, desde então já manteve diversos tipos de aquários como plantado, peixes jumbo, ciclídeos africanos, água salobra, amazônico comunitário e marinho. Atualmente curte e mantém peixes primitivos e ciclídeos neotropicais, suas grandes paixões.

9 Comentário

  1. OLA EDSON RECHI!
    constantemente invado o seu espaço , embora não log pois não sou adepto de nenhuma rede, mas aprecio o conhecimento que sendo libertátio vivo a adquiri-lo. Assim como voce também, respirei o aquarismo em duas fases, atualmente possuo com lebistes selvagens apenas,…os pequeninos me fascinam, anteriormente experimentei diversos comunitários. eram dois aquários sendo o atual 60x40x40. plantado com vegetação que pouco necessitam do CO².
    tenho perdidos alguns peixinhos que saltam fora do aquário, geralmente machos, mesmo não havendo espaços abertos na tampa além da folga necessária para manuseio e colocações da filtragem. sendo plantado consegui melhor resultado quando adotei o uso d’água natural do meio ambiente, isto para todos os anteriores também a qual troco 20% quinzenalmente.
    a razão de haver esse suicídio poderia estar relacionado na relação macho x femeas – UMA VEZ QUE NÃO FIZ ESTE CONTROLE?

    GRATO e muito agradecido fico pelo aprendizado que me proporciona já alguns anos.
    abraços

    ROQUE

     
  2. Eu crio um monte de guppy selvagem aq em casa num aquário de 500L q na vdd é uma reprodução dos Lagos da minha região aq,nordeste de Minas Gerais

     
  3. gente o guppy sevagem ou tb chamado de barrigudinho presisa de oxigenação?
    pq eu to fazendo reprodução de lentilha dagua e coloquei um ( garrigudinho) na criação e nao sei se eles presisamde oxigenação

     
    • Bom dia Júnior. Tenho esses lebistes em aquário auto ciclante com vegetação nativa de onde foram coletados e não faço uso de filtragem tendo em vista que a quantidade de peixes está dentro do aceitável para um aquário de 60 litros. Nos baldes, a mesma coisa, já Na caixa d’água a quantidade é muito maior e faço uso de filtragem.

       

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