Piau (Leporinus striatus)

 
Espécime fotografado em Bonito (MS - Brasil)
Espécime fotografado em Bonito (MS – Brasil)

Leporinus striatus (Kner, 1858)

Nome Popular: Piau, Canivete  — Inglês: Striped leporinus, Characin

Família: Anostomidae (Anostomídeos)

Origem: América do Sul; bacia do Paraná e Paraguai, reportado no rio Uruguai

Tamanho Adulto: 25 cm (comum 15 cm)

Expectativa de Vida: 7 anos +

Temperamento: Pacífico

Aquário Mínimo: 120 cm X 50 cm X 50 cm (300 L)

Temperatura: 22°C a 28°C

pH: 6.0 a 7.0 – Dureza: 2 a 12

Leporinus-striatus
Espécime coletado em Villavicencio (Colômbia)

Visão Geral

Encontrado no rio Oriçanga (SP), bacias do Paraná e Paraguai. Reportado no rio Uruguai no Brasil. Adultos são encontrados em águas de fluxo rápido.

No Brasil é conhecido por sob uma grande variedade de nomes incluindo Canivete, Ferreirinha, Piau, Piauzinho, Piava, Riscadinho, Tanchina e Taxina.

Ocasionalmente aparece no mercado de aquarismo, embora exija condições bastante especializadas para o cuidado adequado em longo prazo.

Aquário & Comportamento

O aquário deverá preferencialmente simular seu habitat para que mostre seu comportamento natural, isso inclui fluxo moderadamente forte de água, substrato de rochas de porte variável como a mistura de areia, cascalho e algumas rochas maiores. Troncos também podem ser utilizados, mas sempre deixando espaço aberto para nadarem. Embora não atinge um tamanho grande, trata-se de um excelente nadador exigindo aquário de grande porte.

A maior parte das plantas aquáticas dificilmente irá prosperar, uma vez que a espécie possui hábito alimentar herbívoro. Plantas mais rusticas como Microsorum, Bolbitis ou Anubias spp. costumam ser ignoradas, podendo ser utilizadas.

Como qualquer peixe de ambiente lótico, é intolerante a presença de amônia na água e requer filtragem impecável para prosperar. Aquário deverá ser mantido bem tampado, costumam pular para fora do aquário.

Seu comportamento é gregário, devendo ser mantido em seis ou mais espécimes. Apesar de certo grau de disputas entre eles, é natural uma vez que formam forte hierarquia. Definida a hierarquia do grupo, normalmente costumam ser pacíficos. Quando mantidos individualmente podem se tornar agressivos, principalmente com peixes de formato e cores semelhantes. Frente a outras espécies de porte similar costumam não incomodar. Eventualmente podem mordiscar nadadeiras de peixes de natação mais lenta ou de hábito sedentário.

Reprodução & Dimorfismo Sexual

Ovíparo. Sabe-se que se reproduzem em época de cheia em meio a densa vegetação. Em cativeiro sua reprodução não foi reportada e seu dimorfismo sexual é pouco evidente.

Alimentação

Predominantemente herbívoros, por natureza, mas bastante exigente no aquário e aceitará a maioria dos alimentos fornecidos. Fornecer regularmente alimentos de origem vegetal. Produtos ricos em proteínas devem ser fornecidos esporadicamente ou evitados.

Etimologia: Leporinus vem do latim lepus, que significa coelho + sulfixo inus  que significa “relativo”, em referência ao par de dentes sínfise ampliados que determinadas espécies do gênero apresentam.

Leporinus-striatus2
Espécime coletado em Huanuco (Peru)

Referências

  1. Ortega, H. and R.P. Vari, 1986. Annotated checklist of the freshwater fishes of Peru. Smithson. Contrib. Zool. (437):1-25.
  2. Riehl, R. and H.A. Baensch, 1996. Aquarien Atlas, Band 1. 10th edition. Mergus Verlag GmBH, Melle, Germany. 992 p.
  3. Breder, C.M. and D.E. Rosen, 1966. Modes of reproduction in fishes. T.F.H. Publications, Neptune City, New Jersey. 941 p.
  4. Zaniboni Filho, E., S. Meurer, O.A. Shibatta and A.P. de Oliverira Nuñer, 2004. Catálogo ilustrado de peixes do alto Rio Uruguai. Floriano?polis : Editora da UFSC : Tractebel Energia. 128 p. :col. ill., col. maps ; 25 cm.
  5. Garavello, J.C. and H.A. Britski, 2003. Anostomidae (Headstanders). p. 71-84. In R.E. Reis, S.O. Kullander and C.J. Ferraris, Jr. (eds.) Checklist of the Freshwater Fishes of South and Central America. Porto Alegre: EDIPUCRS, Brasil.
  6. Riede, K., 2004. Global register of migratory species – from global to regional scales. Final Report of the R&D-Projekt 808 05 081. Federal Agency for Nature Conservation, Bonn, Germany. 329 p.
  7. Dynamics and cytochemistry of oogenesis in Leporinus striatus Kner (Teleostei, Characiformes, Anostomidae) from the Rio Sapucaí, Minas Gerais State, Brazil – Chini, Helena A.S; Garcia, José Antônio Dias; Maistro, Edson Luis; Quagio-Grassiotto, Irani

Ficha por (Entered by): Edson Rechi — Agosto/2016

Sobre Edson Rechi 849 Artigos
Aquarista em duas fases distintas, a primeira quando criança e tentava manter peixes ornamentais sem muito sucesso. Após um longo período sem aquários, voltou no aquarismo em 2004, desde então já manteve diversos tipos de aquários como plantado, peixes jumbo, ciclídeos africanos, água salobra, amazônico comunitário e marinho. Atualmente curte e mantém peixes primitivos e ciclídeos neotropicais, suas grandes paixões.

Seja o primeiro a comentar

Faça um comentário

Seu e-mail não será divulgado.


*