Guaru (Phalloceros caudimaculatus)

 

Phalloceros caudimaculatus (Hensel, 1868)

Espécime macho selvagem capturado em Itirapina (SP). Foto de Ivan Sazima (c)

Nome Popular: Guaru, Barrigudinho — Inglês: Dusky millions fish

Ordem: Cyprinodontiformes  — Família: Poeciliidae

Distribuição: América do Sul, região costeira do Rio de Janeiro no Brasil até o Uruguai e Argentina.

Tamanho Adulto: 3.5 cm

Expectativa de Vida: 3 anos

pH: 7 a 8.0 — Dureza: 9 a 19

Temperatura: 16°C a 26°C

Aquário Mínimo: 40 cm comprimento X 30 cm largura — A decoração do aquário é um tanto indiferente, porém é importante ter adornos que quebrem a linha de visão dos machos. Uma vez que ao avistar fêmeas, as perseguem constantemente para se reproduzir.

Comportamento & Compatibilidade: De comportamento extremamente pacífico, ideal para pequeno aquário ou aquário comunitário com espécies semelhantes. Como a maioria dos micro poecilídeos, usar a proporção de um macho para duas ou três fêmeas. Uma vez que os machos incomodam as fêmeas constantemente para se reproduzirem.

Variedade manchada é referida como P. caudimaculatus ‘reticulatus’. Foto de Kjell Nilsson (c)

Alimentação: Onívoro, naturalmente se alimenta de pequenos insetos, larvas e algas. Em aquário aceitará prontamente alimentos secos e vivos.

Reprodução: Vivíparo. Fecundação interna. As fêmeas são sexualmente maduras aos seis meses de idade, enquanto os machos atingem a maturidade sexual aos quatro meses. Dependendo da idade e tamanho da fêmea, o número de alevinos varia após cerca de 24 dias de gestação. Os pais bem-nutridos não perseguem sua prole.

Dimorfismo Sexual: Os machos são menores e possuem um gonopódio (nadadeira anal adaptada). O maior comprimento corporal de fêmeas contribui para a fecundidade das espécies ao permitir que um maior número de ovos e/ou embriões possam ser carregados, aumentando as chances de sobrevivência larval (Vazzoler, 1996).

Biótopo: Habita rios e riachos lentos, assim como lagoas, muitas vezes com densa vegetação. Algumas populações são encontradas em água ligeiramente salobra.

Etimologia: Phalloceros, do grego phallos, que significa ‘pênis’, e kéras que significa ‘chifre’. Caudimaculatus, do latim cauda , que significa ‘cauda’, e maculatus , que significa ‘manchado’.

Sinônimos: Girardinus caudimaculatus

Macho com gonopódio em destaque. Fotos de Roman Slaboch (c)

Informações adicionais: Ocorre no Brasil, Paraguai, Uruguai e Argentina com populações selvagens na Austrália, Nova Zelândia, Etiópia e Malawi que foram supostamente introduzidas para fins de controle de mosquitos, mas agora são consideradas invasivas.

É uma espécie bastante resistente, podendo sobreviver curtos períodos em temperaturas entre 10°C e até 30°C. As temperaturas mais baixas são mais toleráveis.

Esta espécie é bastante variável em seu padrão de cores. Três formas ornamentais são bem conhecidas no aquarismo e receberam nomes “científicos” não oficiais:

  • Forma manchada frequentemente referida como Phalloceros caudimaculatus ‘reticulatus’.
  • Forma dourada frequentemente referida como Phalloceros caudimaculatus ‘auratus’.
  • Forma dourada manchada frequentemente referida como Phalloceros caudimaculatus ‘reticulatus auratus’.

Ambas as formas douradas parecem ter uma baixa taxa de sobrevivência em condições naturais.

Referências:

  • Nomura, H., 1984. Nomes científicos dos peixes e seus correspondentes nomes vulgares. In H. Nomura (ed.). Dicionário dos peixes do Brasil. Editerra, Brasília, Brasil
  • Paxton, J.R., D.F. Hoese, G.R. Allen and J.E. Hanley, 1989. Pisces. Petromyzontidae to Carangidae. Zoological Catalogue of Australia, Vol. 7. Australian Government Publishing Service, Canberra
  • Allen, G.R., S.H. Midgley and M. Allen, 2002. Field guide to the freshwater fishes of Australia. Western Australian Museum, Perth, Western Australia
  • Castro, R.M.C. and L. Casatti, 1997. The fish fauna from a small forest stream of the Upper Parana River Basin, southern Brazil. Ichthyol. Explor. Freshwat
  • Castro, R.M.C. and L. Casatti, 1997. The fish fauna from a small forest stream of the Upper Parana River Basin, southern Brazil. Ichthyol. Explor. Freshwat.
  • Lopez, H.L., R.C. Menni and A.M. Miguelarena, 1987. Lista de los peces de agua dulce de la Argentina. Biologia Acuatica No. 12, 50 p. (Instituto de Limnologia “Dr. Raul A. Ringuelet”).

Ficha por (Entered by): Edson Rechi — Agosto/2021
Colaboradores (collaboration): —

Sobre Edson Rechi 848 Artigos
Aquarista em duas fases distintas, a primeira quando criança e tentava manter peixes ornamentais sem muito sucesso. Após um longo período sem aquários, voltou no aquarismo em 2004, desde então já manteve diversos tipos de aquários como plantado, peixes jumbo, ciclídeos africanos, água salobra, amazônico comunitário e marinho. Atualmente curte e mantém peixes primitivos e ciclídeos neotropicais, suas grandes paixões.

1 Comentário

Faça um comentário

Seu e-mail não será divulgado.


*