Pacu (Mylossoma tiete)

 

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Myleus tiete (Eigenmann & Norris, 1900)

Nome Popular: Pacu, Pacu Prata/Peva — Inglês: desconhecido

Família: Serrasalmidae (Serrasalmídeos)

Distribuição: America do Sul; bacias dos rios Paraná e Paraguai

Tamanho Adulto: 16 cm

Expectativa de Vida: 10 anos

Temperamento: pacífico

Aquário Mínimo: 120 cm X 50 cm X 50 cm (300 L)

Temperatura: 20°C a 28°C

pH: 5.0 a 7.4 – Dureza: 3 a 12

Visão Geral

Existem vários gêneros que recebem o nome de pacu. O corpo é alto e bastante comprimido; a forma é arredondada ou ovalada; a cabeça e a boca são pequenas; apresentam uma quilha pré-ventral serrilhada. Os dentes são fortes, cortantes ou molariformes, dispostos em uma ou duas fileiras em ambas as maxilas. Em algumas espécies, o primeiro raio da nadadeira dorsal é um espinho. As escamas são diminutas, dando um aspecto prateado. A coloração varia de espécie para espécie, mas normalmente são claros, podendo apresentar manchas variadas no corpo e nadadeiras coloridas. O tamanho varia de 15-30cm dependendo da espécie.

Aquário & Comportamento

Embora não atinjam um grande tamanho, deverá criá-los em aquário de grande porte uma vez que a espécie é bastante ativa e de comportamento gregário, devendo ser mantido em cardume de pelo menos seis indivíduos. Quanto maior o cardume, mais natural o seu comportamento.

A decoração do aquário é indiferente, devendo ser deixado áreas abertas para que nadarem. Um substrato arenoso, raízes, pedras, entre outros adornos podem ser utilizados. Plantas serão comidas.

São peixes territoriais apenas com outros da mesma espécie ou formato e coloração semelhantes. Em aquário comunitário dificilmente chegam a atacar outros peixes desde que mantidos em cardumes, o mais comum é observar os machos disputando entre si a hierarquia do grupo.

Reprodução & Dimorfismo Sexual

Ovíparo, são considerados disseminadores livres. Fêmea libera seus ovos na água e o macho nada em volta fertilizando-os. Os ovos eclodem em algumas horas quando mantidos em temperatura mais alta e após dois ou três dias da eclosão os alevinos já consumiram o conteúdo do saco vitelino e começam a nadar livremente. Não ocorre o cuidado parental.

O dimorfismo sexual é evidente em espécimes adultos, macho possui menor porte e coloração mais forte, além da nadadeira dorsal ligeiramente maior e ventre retilíneo. A fêmea possui coloração menos intensa, a nadadeira dorsal menor, o ventre é roliço e seu tamanho é maior.

Alimentação

Em geral as espécies são herbívoras, se alimentam de material vegetal e algas, com tendência a frugívoras. Algumas espécies podem ser encontradas em rios, lagos e na floresta inundada, outras em pedrais e corredeiras. São importantes na pesca de subsistência. Na Amazônia, M. duriventre (pacu-comum) forma cardumes e desce os rios para desovar, sendo importante na pesca comercial local.

Etimologia: desconhecido

Referências

  1. Jégu, M., 2003. Serrasalminae (Pacus and piranhas). p. 182-196. In R.E. Reis, S.O. Kullander and C.J. Ferraris, Jr. (eds.) Checklist of the Freshwater Fishes of South and Central America. Porto Alegre: EDIPUCRS, Brasil.
  2. Andrade, P.M. and F.M.S. Braga, 2005. Diet and feeding of fish from Grande River, located below the Volta Grande reservoir, MG-SP. Braz. J. Biol. 65(3):377-385.

Ficha por (Entered by): Edson Rechi — Agosto/2016

Sobre Edson Rechi 848 Artigos
Aquarista em duas fases distintas, a primeira quando criança e tentava manter peixes ornamentais sem muito sucesso. Após um longo período sem aquários, voltou no aquarismo em 2004, desde então já manteve diversos tipos de aquários como plantado, peixes jumbo, ciclídeos africanos, água salobra, amazônico comunitário e marinho. Atualmente curte e mantém peixes primitivos e ciclídeos neotropicais, suas grandes paixões.

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