Lambari (Moenkhausia agnesae)

 

Moenkhausia agnesae (Géry, 1965)

Foto gentilmente cedida por Flair Wang da One World Aquatics

Nome Popular: Lambari

Ordem: Characiformes — Família: Characidae (Caracídeos)

Distribuição: América do Sul, alto da bacia do rio Amazonas

Tamanho Adulto: 7 cm

Expectativa de Vida:  3 a 5 anos +

pH: 6.0 a 7.0 — Dureza: 3 a 8

Temperatura: 24°C a 28°C

Aquário Mínimo: 80 cm (comprimento) X 30 cm (largura) desejável — Preferem aquário com bastante plantas formando zonas sombrias. Mostram-se mais coloridos e ativos quando mantidos em aquário densamente plantado. Pode-se adicionar raízes e folhas secas (opcional) como decoração.

Comportamento & Compatibilidade: É uma espécie gregária que forma hierarquia livre, com machos rivais disputando continuamente entre eles a atenção das fêmeas e posição hierárquica dentro do cardume. São bem ativos e ariscos. Será importante manter em cardume com pelo menos 10 espécimes para que mostrem seu comportamento natural e cores mais realçadas. Possui fama de mordiscar as nadadeiras de peixes lentos ou de longas nadadeiras. Este comportamento fica mais evidente quando mantidos em número insuficiente ou quando o espaço é limitado.

Alimentação: Onívoro. Naturalmente se alimenta de insetos, crustáceos e matéria vegetal. Em cativeiro aceitará prontamente alimentos secos e vivos.

Reprodução: Ovíparo. O macho conduzirá a fêmea liberar os ovos, que serão fecundados e sua maioria irá para o fundo do substrato ou aglomerado de plantas. Eclodem em até dois dias e larvas estarão nadando livremente em até 48 h. Pais não exibem cuidado parental.

Dimorfismo Sexual: O dimorfismo sexual é evidente em espécimes adultos, o macho apresenta corpo de forma retilínea e coloração mais intensa, enquanto fêmea possui corpo mais roliço (principalmente na região ventral) e cores mais pálidas.

Biótopo: Ocorre em locais rasos em áreas com densa vegetação aquática e terrestre, em meio a raízes e folhas em decomposição, com substrato arenoso.

Etimologia: Moenkhausia – Em homenagem ao professor William J. Moenkhaus, ictiólogo e professor da Universidade de Indiana, colaborador do Museu Paulista da USP em São Paulo.

Sinônimos: Não possui.

Informações adicionais: Coletado em Igarapé Preto, ao longo do Alto Amazonas, perto de Belém, cerca de 60 km abaixo de Letícia, sendo endêmico do Brasil.

Esta espécie tem sido frequentemente confundida com M. simulata. No entanto, as faixas horizontais em M. simulata são todas negras, enquanto que em M. agnesae estas faixas são avermelhadas nas regiões superiores do corpo.

A grande diversidade morfológica dentro de Moenkhausia tem levado à sugestão de que esse gênero provavelmente seja um grande grupo parafilético (FINK, 1974; COSTA, 1994; WEITZMAN e PALMER, 1997), por compartilhar diversas características com outros gêneros dentro de Characidae, embora também seja possível que existam grupos naturais neste gênero, segundo Benine (2004).

O gênero foi primariamente incluído na subfamília Tetragonopterinae (EIGENMANN, 1917) e agora é considerado incertae sedis em Characidae (LIMA et al. , 2003) devido a dificuldades na identificação de caracteres diagnósticos e no estabelecimento das relações filogenéticas entre as espécies do gênero com as demais desta subfamília.

Foto gentilmente cedida por Flair Wang da One World Aquatics

Referências:

  • Lima, F.C.T., L.R. Malabarba, P.A. Buckup, J.F. Pezzi da Silva, R.P. Vari, A. Harold, R. Benine, O.T. Oyakawa, C.S. Pavanelli, N.A. Menezes, C.A.S. Lucena, M.C.S.L. Malabarba, Z.M.S. Lucena, R.E. Reis, F. Langeani, C. Moreira et al. …, 2003. Genera Incertae Sedis in Characidae. p. 106-168.
  • R.E. Reis, S.O. Kullander and C.J. Ferraris, Jr. (eds.) Checklist of the Freshwater Fishes of South and Central America. Porto Alegre: EDIPUCRS, Brasil. Eschmeyer, W.N. (ed.), 1998. Catalog of fishes. Special Publication, California Academy of Sciences, San Francisco.

Ficha por (Entered by): Edson Rechi — Setembro/2018
Colaboradores (collaboration): –

Sobre Edson Rechi 849 Artigos
Aquarista em duas fases distintas, a primeira quando criança e tentava manter peixes ornamentais sem muito sucesso. Após um longo período sem aquários, voltou no aquarismo em 2004, desde então já manteve diversos tipos de aquários como plantado, peixes jumbo, ciclídeos africanos, água salobra, amazônico comunitário e marinho. Atualmente curte e mantém peixes primitivos e ciclídeos neotropicais, suas grandes paixões.

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