Tetra Puxa Puxa (Inpaichthys kerri)

 

Inpaichthys kerri (Géry & Junk, 1977)

Nome Popular: Tetra Puxa Puxa — Inglês: Royal tetra

Ordem: Characiformes — Família: Characidae (Caracídeos)

Distribuição: América do Sul, bacia Amazônica

Tamanho Adulto: 3 cm

Expectativa de Vida: 3 a 5 anos +

pH: 5.5 a 7.0 — Dureza: 1 a 12

Temperatura: 24°C a 28°C

Aquário Mínimo: 60 cm (comprimento) X 30 cm (largura) desejável — se mostram mais coloridos quando mantidos em aquário densamente plantado. Pode-se adicionar raízes e folhas secas (opcional). Substrato arenoso e escuro realça ainda mais suas cores. Não se desenvolve bem em condições de água alcalina.

Comportamento & Compatibilidade: Espécie de comportamento pacífico podendo ser mantido em aquário comunitário com peixes de mesmo porte. Peixe gregário, será importante manter em cardume com pelo menos 10 espécimes para que mostrem seu comportamento natural e cores mais realçadas. Eventualmente pode mordiscar nadadeiras longas ou de peixes lentos.

Alimentação: Onívoro. Naturalmente se alimenta de pequenos invertebrados, crustáceos, algas filamentosas, frutos caídos e afins na natureza. Em aquário aceitará prontamente alimentos vivos e secos.

Reprodução: Ovíparo. Nas primeiras horas do dia o macho conduzirá a fêmea liberar os ovos que serão fecundados e sua maioria irá para o fundo. Eclodem em até três dias e larvas estarão nadando livremente em até 48h. Pais não exibem cuidado parental.

Dimorfismo Sexual: As fêmeas são menos coloridas e mais corpulentas do que os machos.

Biótopo: Habitam principalmente áreas florestais, em afluentes lentos dos canais principais do rio. A água nestes biótopos é muitas vezes corada com taninos e outras substâncias químicas liberadas do material orgânico em decomposição, sendo bastante ácida.

Etimologia: —

Sinônimos: Não possui.

Informações adicionais: Endêmico do Brasil ocorrendo nas bacias do rio Aripuanã e rio Madeira (bacia Amazônica), no estado do Mato Grosso.

A espécie possui linha lateral incompleta e nadadeira caudal nua. Os dentes são tricuspidados, em duas séries muito irregulares no pré-maxilar; a série interna geralmente composta de somente dois dentes medianos em cada lado. A maxila é dentada em metade de sua borda, geralmente com 7 a 8 dentes tricuspidados e cônicos. Esta dentição, em combinação com outras características morfológicas descritas no trabalho, difere o Inpaichthys dos outros gêneros da subfamília Tetragonopterinae (J. Géry, W. J. Junk 1977).

Pode ser confundido com o Tetra imperador, Nematobrycon palmeri, mas pode ser facilmente distinguido, uma vez que possui uma nadadeira adiposa, enquanto as espécies do gênero Nematobrycon não possuem.

O gênero Inpaichthys é atualmente monotípico (contém apenas uma espécie) e assim como outros gêneros relacionados, como Hyphessobrycon, seu status taxonômico é Incertae sedis , ou seja, incerto. Portanto, é possível que I. kerri seja reclassificado em algum momento no futuro.

Referências:

  • Lima, F.C.T., L.R. Malabarba, P.A. Buckup, J.F. Pezzi da Silva, R.P. Vari, A. Harold, R. Benine, O.T. Oyakawa, C.S. Pavanelli, N.A. Menezes, C.A.S. Lucena, M.C.S.L. Malabarba, Z.M.S. Lucena, R.E. Reis, F. Langeani, C. Moreira et al. …, 2003. Genera Incertae Sedis in Characidae. p. 106-168. In R.E. Reis, S.O. Kullander and C.J. Ferraris, Jr. (eds.) Checklist of the Freshwater Fishes of South and Central America. Porto Alegre: EDIPUCRS, Brasil.
  • Riehl, R. and H.A. Baensch, 1991. Aquarien Atlas. Band. 1. Melle: Mergus, Verlag für Natur-und Heimtierkunde, Germany. 992 p.
  • J. Géry, W. J. Junk – Inpaichthys kerri n. g. n. sp., um novo peixe caracídeo do alto rio Aripuanã, Mato Grosso, Brasil

Ficha por (Entered by): Edson Rechi — Agosto/2018
Colaboradores (collaboration): –

Sobre Edson Rechi 848 Artigos
Aquarista em duas fases distintas, a primeira quando criança e tentava manter peixes ornamentais sem muito sucesso. Após um longo período sem aquários, voltou no aquarismo em 2004, desde então já manteve diversos tipos de aquários como plantado, peixes jumbo, ciclídeos africanos, água salobra, amazônico comunitário e marinho. Atualmente curte e mantém peixes primitivos e ciclídeos neotropicais, suas grandes paixões.

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