Guaru (Poecilia vivipara)

 
Poecilia vivipara (Bloch & Schneider, 1801)

Fêmea de Guaru em aquário

Ficha Técnica

Ordem: Cyprinodontiformes — Família: Poeciliidae (Poecilídeos)

Nomes Comuns: Guaru, Lebiste, Barrigudinho

Distribuição: América do Sul, costa Atlântica desde o Suriname até o sul do Brasil

Tamanho Adulto: 8 cm (comum 4 cm)

Expectativa de Vida: 3 anos

Comportamento: pacífico, gregário

pH: 7.0 a 8.0 — Dureza: 10 a 40

Temperatura: 22°C a 28°C

Distribuição e habitat

Com ampla distribuição na América do Sul, entre o Suriname até a região sul do Brasil.

No Brasil é encontrado nos estados da Bahia, Ceará, Espírito Santo, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.

Ocorre em águas levemente salobra em canais e valas nas margens de pântanos. Também encontrado em água doce.

Descrição

Espécie bastante comum em regiões litorâneas do Brasil. Devido sua dieta alimentar hje fácil adaptação a inúmeros ambientes, frequentemente é utilizado no controle de larvas de mosquito.

Criação em Aquário

Aquário com dimensões mínimas de 60 cm de comprimento e 30 cm de largura desejável.

A decoração do aquário é um tanto indiferente, porém é importante ter adornos, como plantas altas, que quebrem a linha de visão dos machos, uma vez que ao avistar fêmeas as perseguem constantemente para se reproduzir.

Comportamento

De comportamento extremamente pacífico, ideal para pequeno aquário ou aquário comunitário com espécies semelhantes.

Como a maioria dos micro poecilídeos, usar a proporção de um macho para duas ou três fêmeas. Os machos incomodam as fêmeas constantemente para se reproduzirem.

Reprodução

Vivíparo. Fecundação interna.

Os machos são muito ativos e também se aproximam das fêmeas de outros Poecilinae. A maturidade sexual é alcançada entre três e quatro meses. Após 28 dias de gestação, a fêmea dá origem até 100 juvenis que nascem formados e nadando livremente.

Dimorfismo Sexual

Os machos são menores e possuem um gonopódio (nadadeira anal adaptada).

O maior comprimento corporal de fêmeas contribui para a fecundidade das espécies ao permitir que um maior número de ovos e/ou embriões possam ser carregados, aumentando as chances de sobrevivência larval (Vazzoler, 1996).

Alimentação

Onívoro. Em seu ambiente natural se alimenta basicamente de larvas de insetos. Usado para controle em lagoas e reservatórios.

Em aquário aceitará prontamente alimentos secos e vivos.

Etimologia: Poecilia; poikilos (grego) = com muitas cores

Sinônimos: Neopoecilia holacanthus, Molinesia fasciata, Poecilia surinamensis, Poecilia schneideri, Poecilia unimaculata

Referências

  1. Franco, T.P., C.E.O. Araújo and F.G. Araújo, 2014. Length-weight relationships for 25 fish species from three coastal lagoons in Southeastern Brazil. J. Appl. Ichthyol.
  2. Garcia, A.M., M.B. Raseira, J.P. Vieira, K.O. Winemiller and A.M. Grimm, 2003. Spatiotemporal variation in shallow-water freshwater fish distribution and abundance in large subtropical coastal lagoon. Environ. Biol. Fish.
  3. Gasparini, J.L., L.C. Gomes and R.M. Macieira, 2016. Length-weight relationships of five fish species from an Atlantic coastal drainage in Brazil. J. Appl. Ichthyol.
  4. Nomura, H., 1984. Nomes científicos dos peixes e seus correspondentes nomes vulgares. In H. Nomura (ed.). Dicionário dos peixes do Brasil. Editerra, Brasília, Brasil
  5. Rodriguez, C.M., 1997. Phylogenetic analysis of the tribe Poeciliini (Cyprinodontiformes: Poeciliidae). Copeia
  6. Aspectos reprodutivos de Poecilia vivipara (Bloch & Schneider) (Poeciliidae) da Lagoa Rodrigo de Freitas,
    Rio de Janeiro, Brasil – José P. Mendonça; José V. Andreata
  7. Evolução do ciclo vital de Poecilia vivipara (Cyprinodontiformes: Poeciliidae) em um gradiente de predação – Rius, Bianca Fazio

Ficha por (Entered by): Edson Rechi — Outubro/2017
Colaboradores (collaboration): –

Sobre Edson Rechi 848 Artigos
Aquarista em duas fases distintas, a primeira quando criança e tentava manter peixes ornamentais sem muito sucesso. Após um longo período sem aquários, voltou no aquarismo em 2004, desde então já manteve diversos tipos de aquários como plantado, peixes jumbo, ciclídeos africanos, água salobra, amazônico comunitário e marinho. Atualmente curte e mantém peixes primitivos e ciclídeos neotropicais, suas grandes paixões.

7 Comentário

    • Meu caro esse peixe você costuma encontrar em lagos e córregos. Ao contrário do que está descrito na matéria ele é comum em água doce sim. Peguei muito dele em várias cidades de MG e como todo mundo sabe em MG não tem mar.
      Já para vender eu nunca vi. Assim como a versão selvagem do poecilia reticulata que é o guppy esse aí é um típico barrigudinho.

       
  1. Esse peixinho é uma espécie que precisa ser melhor explorada pq são incríveis. Ao se criar esta espécie em aquários grandes, diferente de outras espécies, eles se reproduzem aceleradamente e o melhor de tudo, cada um nasce com uma diversidade de cores próprias, formatos de caudas ou nadadeiras próprias, trama das cores no corpo variadas. Ou seja, nunca vai ser aquele aquário com a mesma cara toda vez.

     

Faça um comentário

Seu e-mail não será divulgado.


*