Badis Vermelho (Dario dario)

 
Dario dario (Hamilton, 1822)

Ficha Técnica

Ordem: Perciformes — Família: Badidae (Badídeos)

Nomes Comuns: Badis Vermelho — Inglês: Scarlet badis

Distribuição: Ásia, endêmico da Índia

Tamanho Adulto: 1.5 cm a 2.0 cm

Expectativa de Vida: 3 anos

Comportamento: pacífico

pH: 6.5 a 8.5 — Dureza: 4 a 12

Temperatura: 18°C a 26°C

Distribuição e habitat

Sua distribuição parece restrita a sistemas que drenam para o rio Brahamaputra em partes dos estados de Bengala Ocidental e Assam, na Índia, próximo da fronteira com o Butão.

Habitualmente são encontrados em de águas rasas e limpas, substratos de areia ou cascalho e crescimentos densos de vegetação marginal e aquática. Em uma localidade onde foram coletados, havia presença de macrófitas incluindo espécies de Hygrophilia , Limnophila , Ottelia , Rotala e Vallisneria. 

Ocorre simpatricamente com Badis blosyrus e B. kanabos em algumas regiões.

Espécime fêmea

Descrição

Embora seu gênero tenha sido alterado para Dario, ainda é conhecido popularmente como Badis. Sendo a espécie de Badis mais comum em aquários ornamentais.

Se destaca de seus congêneres sendo a única espécie em que os machos possuem uma série de sete barras verticais azuladas em seus flancos. 

D. dario pode ser mais distinto de D. dayingensis pela ausência (versus presença) de dentes palatinos no maxilar superior, escalas 8 ½ (vs. 9 ½) na linha transversal e presença (versus ausência) de pré pré, listras pós e supraorbitais.

Difere de D. hysginon em ausência (versus presença) de um canal ângulo articular lateral e de D. hysginon e D. dayingensis possuindo 13-14 (vs. 15-16) espinhas dorsais e com falta de (vs. possuindo) ambos os ossos infraorbitais e um ponto preto na porção anterior da nadadeira dorsal.

Historicamente foram considerados membros das famílias Nandidae ou Pristolepididae até 1968, quando Barlow propôs um agrupamento separado para eles. Eles compartilham algumas características com os Anabantídeos e Nandídeos; mais notável entre aquaristas, como o abraço típico de reprodução em que o macho envolve seu corpo em torno do da fêmea.

Estudos recentes concluíram que este procedimento é um traço antigo herdado de um antepassado comum para todas essas famílias. Todas as espécies de BadisDario e Nandus compartilham uma coluna vertebral excepcionalmente bifurcada na penúltima vértebra, e isso pode representar evidências de monofilia desse grupo. Nandidae e Badidae são separados apenas por diferenças na morfologia e estrutura, embora as relações filogenéticas entre eles ainda não tenham sido completamente estudadas.

Criação em Aquário

Aquário com dimensões mínimas de 40 cm de comprimento e 30 cm de largura desejável.

Ficam melhores quando mantidos em aquário densamente plantado com substrato arenoso ou fino.

Comportamento

Apresenta comportamento pacífico, sendo ideal para aquário comunitário com peixes de tamanho diminuto escolhidos criteriosamente, embora o ideal seja mantê-los em aquário monoespécie dada sua natureza tímida e dificuldade em competir por alimentos com peixes mais rápidos.

Os machos podem ser muito agressivos uns com os outros, especialmente em espaços pequenos. Em pequenos aquários mantenha apenas um único casal ou um macho e várias fêmeas. Em ambiente mais espaçoso um pequeno grupo poderá ser criado, desde que cada macho tenha espaço suficiente para estabelecer seu território. 

Abraço nupcial, característica semelhante aos anabantídeos

Reprodução

Ovíparo. Formam pares temporários, machos formam territórios e começam a exibir comportamento típico de reprodução com as cores de seu corpo bastante intensificadas. Este comportamento pode ser prolongado por vários dias com a fêmea sendo perseguida frequentemente e cortejada inúmeras vezes.

A desova ocorre em objetos de superfície plana e sólida. Pós desova o macho costuma expulsar a fêmea e cuidará dos ovos até que os alevinos eclodam, que deve ocorrer entre dois a três dias. Permanecem no saco vitelínico por mais uma semana, quando estarão nadando livremente sem a supervisão do pai.

Dimorfismo Sexual

Machos possuem sete barras verticais escuras em ambos os flancos, são maiores e mais coloridos. Além de possuírem nadadeira pélvica, dorsal e anal mais prolongadas a medidas que amadurecem.

Fêmeas são menores, menos coloridas, não apresentando a coloração vermelha ou azul típica dos machos, apenas barras indefinidas. O perfil de seu corpo é visivelmente mais curto.

Alimentação

É um micro predador se alimentando de pequenos crustáceos aquáticos, vermes, larvas de insetos e zooplancton em seu ambiente natural.

Em aquário dificilmente aceitam alimentos secos, mas com alguma paciência a treinamento podem vir a aceitar. Fornecer regularmente alimentos vivos como artêmias, Daphnia, entre outros micro vermes.

Por possuir comportamento sedentário, pode desenvolver problema com obesidade se for alimentado excessivamente.

Etimologia:

Dario: derivado do epíteto específico da espécie, dario, que por sua vez é de seu nome Bangla, Darhi. 

SinônimosLabrus dario, Badis dario, Badis badis bengalensis

Referências

  1. Kullander, S.O. and R. Britz, 2002. Revision of the family Badidae (Teleostei: Perciformes), with description of a new genus and ten new species. Ichthyol. Explor. Freshwat.
  2. Oo, W., 2002. Inland fisheries of the Union of Myanmar. In T. Petr and D.B. Swar (eds.) Cold Water Fisheries in the Trans-Himalayan Countries. FAO Fish. Tech. Pap. 431.

Ficha por (Entered by): Edson Rechi — Dezembro/2017
Colaboradores (collaboration): –

Sobre Edson Rechi 848 Artigos
Aquarista em duas fases distintas, a primeira quando criança e tentava manter peixes ornamentais sem muito sucesso. Após um longo período sem aquários, voltou no aquarismo em 2004, desde então já manteve diversos tipos de aquários como plantado, peixes jumbo, ciclídeos africanos, água salobra, amazônico comunitário e marinho. Atualmente curte e mantém peixes primitivos e ciclídeos neotropicais, suas grandes paixões.

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