Botia Paquistanesa (Botia lohachata)

 

Botia lohachata (Chaudhuri, 1912)

Foto de Bogdan J. Janiczak (c)

Nome Popular: Botia Paquistanesa/Reticulada — Inglês: Reticulate loach, Pakistani loach

Ordem: Cypriniformes — Família: Botiidae (Botídeos)

Distribuição: Ásia; Paquistão, Índia, Bangladesh e Nepal

Tamanho Adulto: 15 cm

Expectativa de Vida: 10 anos +

pH: 6.2 a 8.0 — Dureza: <10

Temperatura: 24°C a 30°C

Aquário Mínimo: 100 cm comprimento X 40 cm largura — substrato deverá ser arenoso e macio, evite substratos pontiagudos. Opções de decoração podem ser compostos por rochas lisas de seixo, além de raízes e galhos formando refúgios. Tampe bem o aquário, eventualmente podem saltar para fora.

Comportamento & Compatibilidade: É um peixe pacífico e gregário, formando hierarquias complexas e devem ser mantido em grupos de pelo menos 5 ou 6 espécimes, preferencialmente 10 ou mais. Considerado uma das espécies de Botia mais pacífica, podendo ser mantido em aquário comunitário.

Alimentação: Onívoro. Sua dieta natural compreende moluscos aquáticos, insetos, vermes e outros invertebrados. Secundariamente matéria vegetal. Em aquário aceitará prontamente alimentos secos e congelados. Fornecer alimentos de origem vegetal com alguma frequência, assim como alimentos vivos.

Reprodução: Não existe informações de sua reprodução em cativeiro.

Dimorfismo Sexual: Fêmeas maduras sexualmente possuem região abdominal mais cheia e redonda, normalmente são mais encorpadas que os machos.

Biótopo: Ocorre em riachos com fundos rochosos e de cascalho.

Etimologia:

Sinônimos:

Informações adicionais: As marcações corporais podem ser muito variáveis ​​nesta espécie, e há uma diferença marcante entre jovens e adultos. Os adultos desenvolvem manchas e listras maiores do que espécimes juvenis a ponto do peixe ficar reticulado, daí um de seus nomes comuns.

No Brasil existe confusão entre aquaristas e criadores em relação a classificação da Botia Yoyo. Enquanto gringos e comunidades especializadas em Botias, como a renomada Loaches Online, atribuem este nome comum a espécie Botia almorhae, no Brasil creditam a espécie como Botia lohachata. 

Grant (2007) observa que as populações do rio Karnali / Ghaghara na zona de Seti, no Nepal e do rio Gomti no estado de Uttar Pradesh, na Índia, requerem mais estudos para analisar se são inespecíficos com B. lohachata ou representam outros táxons. Sua validade está em questão, mas nominalmente aceito atualmente como duas espécies distintas.

Curiosamente, algumas observações sugerem que o comportamento do peixe alfa parece afetar de todo o grupo, embora estudos científicos sobre o comportamento do Botideos são praticamente inexistentes. Alguns espécimes naturalmente são mais ousados ​​ou mais agressivos que outros e o alfa normalmente é o maior espécime do grupo e não raramente uma fêmea.

Possuem comportamento interessante no qual espécimes mais jovens nadam lado a lado com os mais velhos, imitando todos os seus movimentos. Os menores podem simular os maiores simultaneamente com até três ou quatro peixes de cada lado. A razão deste comportamento é desconhecido, mas pode estar relacionado a um grupo que permanece em contato um com o outro quando os rios enchem durante os períodos de inundação, talvez reduzindo o atrito nadando ‘em formação’ ou tendo alguma outra função comunicativa.

Podem fazer barulho similar a estalos durante a alimentação ou quando animados, este som é produzido pela moagem de seus dentes localizados na faringe.

Outra curiosidade é a chamada “dança”, no qual envolve o grupo inteiro nadando de maneira constante e inquieta pelas laterais do aquário. As razões para este comportamento também são desconhecidas, mas os gatilhos mais comuns parecem ser o fornecimento de alimentos vivos, durante a troca de água ou adição de novos adornos no aquário.

Os botídeos também costumam se acomodar em ângulos peculiares, presos verticalmente ou de lado entre itens de decoração, ou mesmo deitados no substrato. Possuem espinhos suboculares afiados, móveis e normalmente ocultos em uma espécie de bolsa de pele, mas erigidos quando um indivíduo é estressado, por exemplo, se removido da água.

Não apresentam escamas, sendo bastante sensível a produtos químicos adicionados na água, principalmente medicações. É bastante propenso a doenças de pele, principalmente flagelados.

Referências:

  • Kottelat, M., 2012. Conspectus cobitidum*: an inventory of the loaches of the world (Teleostei: Cypriniformes: Cobitoidei). The Raffles Bulletin of Zoology, Suppl.
  • Breder, C.M. and D.E. Rosen, 1966. Modes of reproduction in fishes. T.F.H. Publications, Neptune City, New Jersey.
  • Patiyal, R.S. and J.I. Mir, 2017. Length-weight relationships of 21 fish species from the upland Ganga River Basin tributaries of Central Indian Himalaya. J. Appl. Ichthyol.

Ficha por (Entered by): Edson Rechi — Fevereiro/2020
Colaboradores (collaboration): —

Sobre Edson Rechi 875 Artigos
Aquarista em duas fases distintas, a primeira quando criança e tentava manter peixes ornamentais sem muito sucesso. Após um longo período sem aquários voltou no aquarismo em 2004. Desde então já manteve diversos tipos de aquários como plantado, peixes jumbo, ciclídeos africanos, água salobra e amazônico comunitário. Atualmente curte ciclídeos e tetras neotropicais, além de peixes primitivos.

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