Betta Pavão (Betta macrostoma)

 

Betta-macrostoma

Classificação

Classe: Actinopterygii • Ordem: Anabantiformes • Família: Osphronemidae

Nome binomial: Betta macrostoma (Regan, 1910)

Sinônimos: Nenhum

Grupo Aquário: Labirintídeos

Nomes comuns

Betta Pavão. Inglês: Brunei beauty, Peacock betta, Spotfin betta

Distribuição & habitat

Ásia, endêmico de Bornéu. Encontrado em Brunei, Indonésia e Malásia.

Encontrado em águas rasas, próximo a poças em pequenos riachos, substrato normalmente argiloso. Ocorre também em cachoeiras de águas claras e rápidas, ocupando pequenas piscinas lênticas em seus afluentes.

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Mapa por Discover Life

Ambiente & parâmetros da água

Bentopelágico; água doce • pH: 4.6 – 6.0 • Dureza: < 10 • Clima: tropical; 24°C – 28°C

Tamanho adulto

6 cm (comum 4 cm) • Estimativa de vida: desconhecido

Manutenção em aquário

Aquário com dimensões mínimas de 40 cm X 30 cm X 30 cm (36 litros) requerido — aquário deverá possuir densa vegetação, raízes e ramos formando pontos obscuros, bastante apreciado pela espécie. Presença de plantas que atingem a superfície do aquário desejável, uma vez que passará a maior parte do tempo repousando sob as folhas ou qualquer outro adorno adicionado para este propósito. Iluminação preferencialmente moderada.

Espécie extremamente agressiva entre machos da mesma espécie, porém, pacífico frente a outras espécies de peixes. Poderá ser mantido sozinho ou aquário comunitário desde que este último não contenha peixes rápidos, agressivos ou com hábitos mordiscadores.

Alimentação

Onívoro, em seu ambiente natural alimenta-se de insetos e outros pequenos invertebrados. Em cativeiro normalmente aceitam alimentos secos, porém deve-se fornecer pequenos alimentos vivos ou congelados. Não alimentá-los excessivamente, são extremamente propensos a obesidade e evite fornecer rações de má qualidade, especificamente as de “bolinhas”, podendo causar doenças digestórias no peixe.

Em cativeiro aceitará alimentos secos e vivos.

Reprodução e dimorfismo sexual

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Macho a esquerda e fêmea a direita prontos para o acasalamento, notar as listras realçadas em ambos.

Ovíparo. Maturidade sexual ocorre em 6 meses. Ritual de acasalamento começará com o macho envolvendo o corpo da fêmea, que sobre pressão irá liberar os ovos, onde serão fecundados em seguida pelo macho. Após a coleta dos ovos pelo casal, o macho assumirá a guarda deste guardando os ovos em sua boca (incubador bucal). A incubação poderá variar de 25 a 35 dias, quando serão liberados em pequenos grupos quando estarão nadando livremente.

Machos são mais coloridos, exibindo coloração vermelho alaranjado com contrastes de preto na cabeça e cauda. Fêmeas apresentam poucas cores, sendo comum o marrom prateado.

Galeria de imagens

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Descrição

Difere e outros Bettas por apresentar ocelo na nadadeira dorsal, corpo avermelhado, nadadeira caudal com preto transversal e faixas vermelhas.

Esta espécie pode respirar ar atmosférico, graças a órgãos chamado de labirinto. Este órgão é formado por uma modificação no primeiro arco branquial, altamente vascularizado e ricamente irrigado por vasos sanguíneos, que faz com que o ar passe bem próximo da corrente sanguínea, proporcionando a troca de oxigênio com o sangue por meio de difusão. A estrutura do órgão varia de complexidade entre as espécies , tendendo a ser mais desenvolvido em espécimes que habitam ambiente privado de oxigênio.

Por este motivo, os Bettas podem viver em águas pobres em oxigênio, mas não poluídas. É uma espécie considerada vulnerável devido a ameaça de degradação de seu habitat, onde a maior parte normalmente é convertido em terras agrícolas.

Em seu ambiente natural a espécie encontra-se quase em extinção, sendo inserido do livro vermelho. Criadores amadores em Cingapura e Tailândia estão conseguindo reproduzir a espécie.

Referências

  1. Robins, C.R., R.M. Bailey, C.E. Bond, J.R. Brooker, E.A. Lachner, R.N. Lea and W.B. Scott, 1991. World fishes important to North Americans. Exclusive of species from the continental waters of the United States and Canada. Am. Fish. Soc. Spec. Publ. (21):243 p.
  2. Kottelat, M., A.J. Whitten, S.N. Kartikasari and S. Wirjoatmodjo, 1993. Freshwater fishes of Western Indonesia and Sulawesi. Periplus Editions, Hong Kong. 221 p.
  3. Baensch, H.A. and R. Riehl, 1985. Aquarien atlas. Band 2. Mergus, Verlag für Natur-und Heimtierkunde GmbH, Melle, Germany. 1216 p.
  4. IBC Bettas – Internacional Betta Congress

Ficha por (Entered by): Edson Rechi — Maio/2014
Colaboradores (collaboration): –

Sobre Edson Rechi 848 Artigos
Aquarista em duas fases distintas, a primeira quando criança e tentava manter peixes ornamentais sem muito sucesso. Após um longo período sem aquários, voltou no aquarismo em 2004, desde então já manteve diversos tipos de aquários como plantado, peixes jumbo, ciclídeos africanos, água salobra, amazônico comunitário e marinho. Atualmente curte e mantém peixes primitivos e ciclídeos neotropicais, suas grandes paixões.

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