Auratus (Melanochromis auratus)

 

Melanochromis-auratus

Melanochromis auratus (Boulenger, 1897)

Nome Popular: Auratus — Inglês: Golden Mbuna

Família: Cichlidae (Ciclídeos)

Origem: África, endêmico do lago Malawi

Tamanho Adulto: 11 cm (comum: 8 cm)

Expectativa de Vida: 5 anos +

Temperamento: Territorialista

Aquário Mínimo: 100 cm X 40 cm X 50 cm (200 L)

Temperatura: 22°C a 28°C

pH: 7.4 a 8.6 – Dureza: 10 – 15

Visão Geral

Sua distribuição se restringe as regiões sul do Lago Malawi. Conhecido como Mbuna (fala-se ambuna) por viver próximo de rochas, se alimentando da biocobertura presente. Esta biocobertura é um sistema biológico composto por algas e um largo número de minúsculos invertebrados que nelas vivem (denominados de aufwuchs).

Apresentam corpo alongado e sua coloração poderá variar de acordo com sua idade e região que se encontra. Quando juvenis machos e fêmeas apresentam coloração amarela com listras prestas e brancas na metade superior do corpo, à medida que os machos vão se tornando adultos a cor amarela vai se tornando escura podendo variar entre  a coloração marrom e preto com leves listras azuis ou amarelas na metade superior de seu corpo.

É um dos ciclídeos mais comuns e populares no aquarismo brasileiro e facilmente encontrado em lojas do ramo.

Aquário & Comportamento

Para manter um hárem com um macho e diversas fêmeas considere aquário com pelo menos 100 cm de comprimento, para aquário comunitário mínimo de 150 cm. O aquário para a espécie, assim como para qualquer ciclídeo Mbuna, deverá conter inúmeras rochas formando um paredão rochoso para se refugiarem e demarcarem território. Deixe algum espaço livre para nadarem.

Como a maioria dos Mbunas, apresentam uma intensa agressividade intra-espécie. Sua agressividade é mais restrita aos machos da mesma espécie e outros peixes de padrões e cores semelhantes (listrados e amarelos). Deve-se evitar criá-los com Mbunas mais pacíficos nesta situação.

Como são peixes de harém é recomendado sempre manter pelo menos um macho e três fêmeas, assim elas não ficarão muito estressadas por causa de perseguições da parte do macho.

Reprodução & Dimorfismo Sexual

Ovíparo. O acasalamento ocorre num local escolhido previamente pelo casal e o macho atrai a fêmea num ritual de movimentos. A fêmea depositará os ovos no solo e o macho fertilizará em seguida. Incubadores bucais, a fêmea guardará os ovos na boca. Cerca de 10 dias os ovos eclodem e a fêmea irá protegê-los na sua boca por cerca de duas semanas ou três semanas. No final do período de incubação os alevinos são libertados, completamente formados e auto-suficientes para procurarem a sua própria alimentação. O número de ovos por cada incubação depende do tamanho da fêmea sendo normalmente entre 15 e 30.

Passado o período de incubação, caso a fêmea demore muito para soltar os filhotes naturalmente, pode ser usada uma técnica chamada “stripping fry” que consiste na retirada dos filhotes da boca da mãe pelo aquarista. Depois da liberação dos filhotes é aconselhado separar a fêmea e reforçar sua alimentação por alguns dias até que ela se recupere bem.

O dimorfismo sexual da espécie é bastante evidente. Macho é maior e desenvolve coloração bem escura quando adulto, além de possuir nadadeiras anal e dorsal pontiaguda (formato em V). Fêmeas possuem coloração amarela, o ventre é roliço e as nadadeiras são mais arredondadas nas pontas, lembrando formato “U”.

Alimentação

Onívoro, essencialmente herbívoro. No lago alimentam-se da biocobertura das rochas. Esta biocobertura é um sistema biológico composto por algas e um largo número de minúsculos invertebrados que nelas vivem (denominados de aufwuchs). Peixes recém-nascidos que sejam encontrados também fazem parte da sua dieta. Em aquário devem ser alimentados com comida própria para peixes consentâneos com uma alimentação rica em matéria vegetal. Ofereça rações a base de algas (Spirulina) e vegetal, secundariamente rações com índice mais proteico podem ser fornecidas, mas com parcimônia e em pouca quantidade.

O excesso de proteína animal (encontrado nas rações para os peixes onívoros e carnívoros) prejudica a saúde do peixe herbívoro, podendo resultar em Bloat ou outras doenças.

EtimologiaMelanochromis, Grego, melas, Melanos = preto + grego, chromis = um peixe

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Referências

  1. Maréchal, C., 1991. Melanochromis. p. 258-265. In J. Daget, J.-P. Gosse, G.G. Teugels and D.F.E. Thys van den Audenaerde (eds.) Check-list of the freshwater fishes of Africa (CLOFFA). ISNB, Brussels; MRAC, Tervuren; and ORSTOM, Paris. Vol. 4.
  2. Romero, P., 2002. An etymological dictionary of taxonomy. Madrid, unpublished.
  3. Riehl, R. and H.A. Baensch, 1991. Aquarien Atlas. Band. 1. Melle: Mergus, Verlag für Natur-und Heimtierkunde, Germany. 992 p.
  4. Melanochromis auratus (Ciclideos.com), por Carlos Valentim

Ficha por (Entered by): Edson Rechi — Março/2016

Colaboradores (collaboration): –

 

Sobre Edson Rechi 848 Artigos
Aquarista em duas fases distintas, a primeira quando criança e tentava manter peixes ornamentais sem muito sucesso. Após um longo período sem aquários, voltou no aquarismo em 2004, desde então já manteve diversos tipos de aquários como plantado, peixes jumbo, ciclídeos africanos, água salobra, amazônico comunitário e marinho. Atualmente curte e mantém peixes primitivos e ciclídeos neotropicais, suas grandes paixões.

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