Peixe Cachorro Ueua (Acestrorhynchus altus)

 

Acestrorhynchus altus (Menezes, 1969)

Espécime macho adulto

Nome Popular: Ueua, Cachorrinho, Peixe Cachorro

Ordem: Characiformes — Família: Acestrorhynchidae

Distribuição: América do Sul, bacia Amazônica

Tamanho Adulto: 23 cm

Expectativa de Vida: desconhecido

pH: 5.5 a 7.4 — Dureza: —

Temperatura: 22°C a 28°C

Aquário Mínimo: 200 cm X 60 cm X 60 cm (720 L) – Embora não atinjam um grande tamanho, são nadadores bastante ativos e extremamente rápidos, exigindo aquário com grandes dimensões. A decoração do aquário é um tanto indiferente.

Comportamento: Normalmente não são agressivos mas exibem forte disputas hierárquicas entre indivíduos da mesma espécie, principalmente quando juvenis. Os indivíduos adultos tendem a ser mais solitários, mas ainda assim se agrupam de tempos em tempos, desta forma será ideal mantê-los em pequeno cardume.

Compatibilidade: Relativamente pacífico com qualquer peixe que não seja pequeno suficiente a ponto de ser comido. Membros desta família são canibais, podendo se alimentar até mesmo de indivíduos de porte menor da mesma espécie.

Alimentação: Piscívoro, capaz de consumir presas bastante grandes em relação ao seu tamanho corporal. Em aquário pode demorar a aceitar alimentos secos, devendo ser fornecido alimentos vivos e filés de peixes e camarões até que se habitue.

Reprodução: Ovíparo, observações de seu congênere A. falcatus sugerem que a desova ocorre em águas intermediárias, com a fêmea permanecendo estacionária enquanto o macho nada ao redor dela. Os ovos são espalhados em grande número e o cuidado dos pais é inexistente.

Dimorfismo Sexual: As fêmeas sexualmente maduras tendem a crescer um pouco e ficam mais encorpadas do que os machos.

Biótopo: Habita águas abertas entre os principais canais e afluentes. Durante a estação chuvosa, muitas vezes migra para as áreas inundadas.

Etimologia: Acestrorhynchus, do grego, agkistron = gancho + grego, rhyngchos = focinho. Altus, do latim altus, que significa ‘alto, profundo’.

Sinônimos: não possui.

Informações adicionais: Sua distribuição é tida como no rio Arari, na Cachoeira do Arari, Ilha de Marajó, Estado do Pará, Brasil. Acredita-se que essa espécie também habita as bacias dos rios Paraná e Uruguai no Brasil, Paraguai, Argentina e Uruguai. Estas últimas populações são atualmente reconhecidas como A. pantaneiro. Morfologicamente A. pantaneiro possui o focinho um pouco mais longo do que A. altus.

A confusão em curso em relação as identificações precisas deste e de alguns outros membros do gênero intimamente relacionados significa que a extensão total do seu alcance não é clara atualmente. 

Espécime fêmea adulta
Juvenil com 50 dias

Referências:

  1. Das Neves Falcão, J. and L.A. Bertollo, 1985. Chromosome characterization in Acestrorhynchinae and Cynopotaminae (Pisces, Characidae). J. Fish Biol.
  2. Menezes, N.A., 2003. Family Acestrorhynchidae (Acestrorhynchids). p. 231-233. In R.E. Reis, S.O. Kullander and C.J. Ferraris, Jr. (eds.) Checklist of the Freshwater Fishes of South and Central America. Porto Alegre: EDIPUCRS, Brasil.
  3. Ortega, H. and R.P. Vari, 1986. Annotated checklist of the freshwater fishes of Peru. Smithson. Contrib. Zool.
  4. Oyakawa, O.T., 1998. Catalogo dos tipos de peixes recentes do Museu de Zoologia da USP. I. Characiformes (Teleostei: Ostariophysi). Pap. Avuls. Zool.
  5. Sazima, I., 1986. Similarities in feeding behaviour between some marine and freshwater fishes in two tropical communities. J. Fish Biol.

Ficha por (Entered by): Edson Rechi — Julho/2018
Colaboradores (collaboration): –

Sobre Edson Rechi 849 Artigos
Aquarista em duas fases distintas, a primeira quando criança e tentava manter peixes ornamentais sem muito sucesso. Após um longo período sem aquários, voltou no aquarismo em 2004, desde então já manteve diversos tipos de aquários como plantado, peixes jumbo, ciclídeos africanos, água salobra, amazônico comunitário e marinho. Atualmente curte e mantém peixes primitivos e ciclídeos neotropicais, suas grandes paixões.

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