Acará Bandeira do Tocantins (Mesonauta acora)

 

Mesonauta acora (Castelnau, 1855)

Espécime coletado em San José do Xingu, Mato Grosso (Brasil) – Foto de Datz (https://www.datz.de/)

Nome Popular: Acará Bandeira do Tocantins — Inglês: Tocantins Flag Cichlid

Ordem: Cichliformes — Família: Cichlidae (Ciclídeos)

Distribuição: América do Sul, Bacia do Rio Amazonas, bacias dos Rios Tocantins e Xingu.

Tamanho Adulto: 7 cm

Expectativa de Vida: 5 a 8 anos

pH: 5.5 a 7.4 — Dureza:  até 5dH

Temperatura: 24°C a 30°C

Posição no aquário: Fundo / Meio / Superfície

Nível de dificuldade: Fácil

Endêmico do Brasil sendo encontrado nos estados do Amapá, Mato Grosso e Pará.

O gênero Mesonauta é conhecido por ser bastante complexo, possivelmente compreendendo espécies ainda não descritas ou em processo de reconhecimento. Mesonauta acora passou por uma redescrição em 1991 (Kullander & Silfvergrip).

Sua identificação em relação a outros Mesonautas é seu pequeno tamanho e as listras verticais marmoreadas. Quando tensionado, normalmente a quarta barra vertical fica dividida em duas.

Aquário Mínimo: 80 cm comprimento X 30 cm largura — O aquário deverá possuir substrato preferencialmente arenoso com bastante raízes para servir de refúgio. Aquário poderá possuir presença de vegetação abundante, incluindo plantas flutuantes, criando zonas sombrias. Troncos e rochas também podem ser utilizados como decoração simulando seu ambiente natural.

Comportamento & Compatibilidade: Espécie gregária. Pacífico, porém territorialista com ciclídeos de mesmo porte, ou mesmo com ciclídeos de outros gêneros. Com outras espécies de peixes costuma ser pacífico, porém comerá peixes menores que couber em sua boca. Deve-se mantê-los em grupo de pelo menos 5 exemplares.

Alimentação: Onívoro, sua dieta é composta de insetos, invertebrados aquáticos e algas. m cativeiro aceitam alimentos secos e vivos, devendo ser fornecido periodicamente alimentos vivos e alimentos de origem vegetal.

Espécime macho. Foto de Clinton & Charles Robertson (c)

Reprodução: Ovíparo. Maturidade sexual ocorre entre 10 e 12 meses. Fêmeas estabelece ovos adesivos em plantas e raízes ou em superfície plana, previamente limpo pelo casal; ovos serão fertilizados em seguida pelo macho; ovos eclodem em até 4 dias e larvas nadam livremente após 3 a 4 dias; ocorre o cuidado parental.

Dimorfismo Sexual: Dimorfismo sexual pouco notória, machos apresentam nadadeiras peitorais e anal maiores e mais pontiagudas (variável).

Biótopo: A área de coleta foi descrita por Werner (1990) como um pequeno riacho ao sul de São José do Xingu (NRM 14605) – um estreito riacho de águas negras que se alarga no local da coleta e em alguns lugares chega a 1 m de profundidade; o substrato do fundo era areia e lama, em parte com densos povoamentos de plantas aquáticas; a temperatura era de 22°C, pH 5,5, condutividade 5 μS. Os espécimes foram coletados em áreas costeiras tranquilas com junco e grama.

Etimologia: –

Sinônimos: Chromys acora

Referências:

  • Eschmeyer, W.N. (ed.), 1998. Catalog of fishes. Special Publication, California Academy of Sciences, San Francisco.
  • Kullander, S.O. and A.M.C. Silfvergrip, 1991. Review af the South American cichlid genus Mesonauta Gunther (Teleostei, Cichlidae) with descriptions af two new species. Revue suisse Zoo!
  • Kullander, S.O., 2003. Cichlidae (Cichlids). p. 605-654. In R.E. Reis, S.O. Kullander and C.J. Ferraris, Jr. (eds.) Checklist of the Freshwater Fishes of South and Central America. Porto Alegre: EDIPUCRS, Brasil.

Publicado em Maio/2025

Sobre Edson Rechi 887 Artigos
Aquarista em duas fases distintas, a primeira quando criança e tentava manter peixes ornamentais sem muito sucesso. Após um longo período sem aquários voltou no aquarismo em 2004. Desde então já manteve diversos tipos de aquários como plantado, peixes jumbo, ciclídeos africanos, água salobra e amazônico comunitário. Atualmente curte ciclídeos e tetras neotropicais, além de peixes primitivos.

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