Goby Muré (Bathygobius soporator)

Bathygobius soporator (Valenciennes, 1837)

Espécime adulto em seu ambiente natural em Ubatuba (São Paulo)

Nome Popular: Amboré, Muré — Inglês: Frillfin goby

Ordem: Perciformes — Família: Gobiidae (Gobídeos)

Distribuição: Amplamente distribuído no continente Africano e Americano

Tamanho Adulto: 15 cm

Expectativa de Vida: desconhecido

pH: 7.0 a 8.0 — Dureza: desconhecido

Temperatura: 22°C a 28°C

Aquário Mínimo: 80 cm X 30 cm X 40 cm (96 L) — Exige água bem oxigenada. O substrato deverá ser preferencialmente arenoso e a decoração composta por troncos ou pedras formando cavernas e refúgios. A água deverá ser alcalina e salobra.

Comportamento & Compatibilidade: Apresenta comportamento pacífico com outras espécies, sendo os machos bastante territorialistas e agressivos entre si. Deve ser mantido com peixes de porte semelhante e de mesmas exigências.

Alimentação: Análises indicam ser um peixe onívoro (essencialmente carnívoro), se alimentando de matéria orgânica, caranguejos, camarões, pequenos vermes (não anelídeos) e secundariamente de algas e pequenos peixes. Em cativeiro precisam de uma variedade de pequenos alimentos vivos ou congelados como Daphnia, Cyclops, bloodworm, larvas de mosquito e camarões. Dificilmente aceitam alimentos secos.

Reprodução: Ovíparo. Sua reprodução em cativeiro não é relatada.

Dimorfismo Sexual: Sexualmente dicromático. Os machos quando bem condicionados são mais coloridos e as fêmeas mais encorpadas.

Biótopo: Vive sobre substrato arenoso e barrento. Ocorre principalmente associado a piscinas rochosas e ao longo de pequenos córregos de água salobra e mangues. Ocasionalmente pode ser encontrado em água doce. Sua morfologia adaptativa faz com que possua uma grande tolerância na variação de salinidade, temperatura, oxigênio dissolvido e turbidez da água.

Etimologia: Athygobius do grego, bathys = profundo + latim, gobius = goby, uma espécie de peixe.

Sinônimos: Gobius humeralis, Mapo soporator, Gobius soporator

Informações adicionais: Possui distribuição bastante ampla, distribuído no Atlântico oriental desde Senegal até Angola, incluindo as ilhas do Golfo da Guiné. No Atlântico ocidental ocorre desde a Flórida nos Estados Unidos até Santa Catarina no Brasil.

No Brasil é nativo dos estados de Alagoas, Amapá, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte , Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe.

Possui nadadeira ventral numa só peça, dotada de uma espécie de ventosa central com a qual prende-se às pedras. Possui sobre o corpo uma mucilagem, o que lhe valeu, em certas regiões, o nome popular de Babosa.

Sua coloração varia de acordo com o ambiente em que se encontra.

No Brasil é conhecido regionalmente por inúmeros nomes como Aimoré, Amboré, Amboré, Babosa, Candunga, Maiuíra, Maria-da-toca, Moré, Moré-preto, Mucurungo, Muré, Mussurungo, Peixe-capim, Peixe-flor e Tajacica.

Espécime juvenil em seu ambiente natural no Espírito Santo (Brasil)
Espécime juvenil em seu ambiente natural no Espírito Santo (Brasil)

Referências:

  • Alimentação de Bathygobius soporator (Valenciennes, 1837) (Actinopterygii: Teleostei: Gobiidae) na localidade de Cacha Pregos (Ilha de Itaparica), Bahia, Brasil – Paulo Roberto Duarte Lopes, Jailza Tavares de Oliveira-Silva. https://doi.org/10.5007/%25x
  • Diferença entre sexos na alimentação do peixe gobídeo Bathygobius soporator em poças de maré da Ilha de Maiandeua, Pará, Brasil – Bruno E. Soares, Cleonice M. C. Lobato, Danielly T. H. Freitas, Roberta D. Oliveira-Raiol, Luciano F. A. Montag. http://dx.doi.org/10.1590/1678-4766e2016008
  • Afonso, P., F.M. Porteiro, R.S. Santos, J.P. Barreiros, J. Worms and P. Wirtz, 1999. Coastal marine fishes of São Tomé Island (Gulf of Guinea). Arquipélago
  • Alves, M.I.M. and H. de H. Lima, 1978. Sobre a época de desova de alguns peixes marinhos do estado do Ceará, Brasil. Bol. Ciên. Mar
  • Claro, R., 1994. Características generales de la ictiofauna. p. 55-70. In R. Claro (ed.) Ecología de los peces marinos de Cuba. Instituto de Oceanología Academia de Ciencias de Cuba and Centro de Investigaciones de Quintana Roo.
  • de Godoy, M.P., 1987. Peixes do estado de Santa Catarina. Editora da UFSC, co-edição ELETROSUL e FURB, Florianópolis.
  • Lima, H.H. and A.M. Oliveira, 1978. Segunda contribuição ao conhecimento dos nomes vulgares de peixes marinhos do nordeste brasileiro. Boletim de Ciências do Mar
  • Menezes, N.A. and J.L. Figueiredo, 1985. Manual de peixes marinhos do sudeste do Brasil. V.Teleostei (4). Museu de Zoologia, Universidade de São Paulo, Brazil.
  • Monteiro-Neto, C., F.E.A. Cunha, M.C. Nottingham, M.E. Araújo, I.L. Rosa and G.M.L. Barros, 2003. Analysis of the marine ornamental fish trade at Ceará State, northeast Brazil. Biodivers. Conserv.
  • Osório, B., 1898. Da distribuição geográfica dos peixes e crustáceos colhidos nas possessões portuguesas da África Occidental e existentes no Museu Nacional de Lisboa. J. Sci. Math. Phys. Nat.
  • Conheça a espécie Bathygobius soporator (Valenciennes, 1837) – Peixes do Maranhão por Jorge Luiz Silva Nunes.

Ficha por (Entered by): Edson Rechi — Novembro/2018
Colaboradores (collaboration): –

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0 comentários

  1. Ola, Eu sou aquarista Faz Tempo
    E A Quase um Mes Consegui esse peixe Goby Muré, Gostaria de saber sobre a Versão de Água salgada Goby Maria da toca… Se Puderem Me ajudar, Gostaria se O Aqui conhecido Maria da toca, pode Ir para Água Doce/Água salobra… O Ph Em meu aquario é 6.8, Ocilando para 7.0

  2. Não Não
    Estou Falando De Um Peixe que realmente Tem A Mesma aparencia Do Goby Muré, Geralmente na minha região se chama Maria da toca
    cresce Acho que um pouco maior Do que O Goby Muré e tem uma cor Um pouco mais marrom e com um tom de cor meio dourado porem com o mesmo formato do goby muré

  3. Depois que eu montar meu primeiro aquário plantado e adquirir mais experiência no aquarismo eu pretendo fortemente montar um segundo de água salgada, e esse peixe vai ser um deles, vivia pegando eles na mão na Praia de Santa Cruz (Aracruz/ES), fez parte da minha infância!

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