Peixe Charutinho (Pyrrhulina rachoviana)

Foto de Peter and Martin Hoffman (c)

Taxonomia

Nome Científico: Pyrrhulina rachoviana (Myers, 1926)

Ordem: Characiformes — Família: Lebiasinidae

Nome Popular: Charutinho, Pirrulina — Inglês: Fanning pyrrhulina, Fanning characin

Etimologia: Pyrrhulina do Grego pyrrhos = vermelho, da cor do fogo. Rachoviana em homenagem ao aquarista e ictiologista alemão Arthur Rachow (1884–1960).


Distribuição

América do Sul: cursos inferiores dos rios Paraná e da Prata.

Países: Brasil e Argentina.


Descrição

Membro da família Lebiasinidae que inclui os populares Peixes Lápis e Copeinas.

São comumente coletados em pequenos riachos e remansos nos países listados acima.

Tamanho adulto: 4 cm

Expectativa de vida: 3 anos


Habitat

Ela prefere águas claras e de fluxo lento, incluindo rios, córregos e até mesmo algumas áreas alagadas. Preferência por lugares com muitas plantas onde possa se esconder. Ao contrário de membros do gênero que preferem água ácida e quente, esta espécie é bastante tolerante aos parâmetros de água e temperatura.

pH: 6.0 a 7.8 — Dureza: mole

Temperatura: 15°C a 24°C

Foto de Peter and Martin Hoffman (c)

Manutenção em aquário

Aquário de pelo menos 60 litros com dimensões mínimas de 60 cm de comprimento e 30 cm de largura desejável.

O ideal é que o aquário seja bem plantado, deixando o centro livre para proporcionar espaço para nadar. Suas cores ficam mais vistosas em substratos escuros.

É uma espécie que passa a maior parte de seu tempo na superfície do aquário, devendo ser mantido tampado uma vez que tende pular.

Comportamento e Compatibilidade: Como a maioria de seus parentes próximos, esta espécie se desenvolve livremente em cardumes, se adaptando melhor em grupos de 5 ou mais espécimes, se dando bem com a maioria dos companheiros de aquário pacíficos e de tamanho semelhante.

Machos eventualmente podem ser agressivos entre si disputando território e fêmeas. Razão pela qual quanto maior o grupo melhor. Desta forma qualquer agressão será espalhada entre todos os indivíduos e não somente sobre os mais fracos.


Alimentação

Onívoro. Em seu ambiente natural sua dieta consiste basicamente de insetos que ficam próximo a superfície da água. Em aquário aceitará alimentos secos e vivos sem dificuldades.

Trata-se de um micro predador, por esta razão é importante fornecer alimentos vivos regularmente.


Reprodução

Ovíparo. Desovam normalmente entre folhas ou raízes. Macho apresenta cuidado parental enquanto os ovos não eclodem, quando irá perder o interesse gradualmente.

Dimorfismo Sexual: O dimorfismo sexual pode ser um pouco difícil, mesmo quando adultos. Os machos são um pouco maiores e mais coloridos do que as fêmeas em época de reprodução. Machos apresentam corpo de forma retilínea, enquanto as fêmeas são notavelmente mais redondas principalmente em época de reprodução.


Referências

  • Hinegardner, R. and D.E. Rosen, 1972. Cellular DNA content and the evolution of teleostean fishes. Am. Nat.
  • Lopez, H.L., R.C. Menni and A.M. Miguelarena, 1987. Lista de los peces de agua dulce de la Argentina. Biologia Acuatica No. 12, 50 p. (Instituto de Limnologia “Dr. Raul A. Ringuelet”).
  • Robins, C.R., R.M. Bailey, C.E. Bond, J.R. Brooker, E.A. Lachner, R.N. Lea and W.B. Scott, 1991. World fishes important to North Americans. Exclusive of species from the continental waters of the United States and Canada. Am. Fish. Soc. Spec. Publ.
  • Skelton, P.H., 2001. A complete guide to the freshwater fishes of southern Africa. Cape Town (South Africa): Struik Publishers
  • Weitzman, M. and S.H. Weitzman, 2003. Lebiasinidae (Pencil fishes). p. 241-251. In R.E. Reis, S.O. Kullander and C.J. Ferraris, Jr. (eds.) Checklist of the Freshwater Fishes of South and Central America. Porto Alegre: EDIPUCRS, Brasil.

Publicado em Setembro/2025

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